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Doidimais Corporation
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quinta-feira, dezembro 30, 2004
 

LOST FRAGMENTS OF THE PAST¹

Em branco. Completamente em branco.

Este ano tão cheio de eventos e com tantas memórias que foi dois mil e quatro - talvez até agora o ano que mais tenha fixado memórias em minha cabeça - passa terrivelmente em branco. Explico.

Consegui sobreviver a este ano sem uma agenda. Acostumado por sete anos (1997-2003) a receber uma Agenda Marista logo no começo do ano, descuidei, vacilei e agüentei os doze meses sem uma. Quem me conhece melhor sabe o que isto significa. Para meros mortais, a agenda fica ao final do ano quase que totalmente em branco, apenas com rabiscos de compromissos muito importantes - e apenas as coisas formais. As pessoas não costumam anotar na agenda nem o dia da formatura. Anotam só o "útil".

Outros fazem de suas agendas diarinhos detalhados, repetindo a rotina várias² vezes. Também não é disso que falo.

Minhas agendas registram piadas, frases e momentos engraçados e/ou memoráveis no dia que aconteceram. Guardam desenhos e charges dos respectivos dias (o Dia do Estudante é também o Dia do Palhaço, o que leva a ilustrações controversas. Quando é Dia de muitas coisas, bonequinhos ilustrando as diferentes profissões disputam espaço na página.) Elas recordam pérolas memoráveis, frases raras de professores, piadas espontâneas, momentos de surpresa, citações que renderiam gargalhadas fora de contexto (ou mesmo dentro). Sem falar nas idéias para textos que surgem.

Eu não deixei de anotar essas coisas ao longo deste ano. Mas minhas anotações não estão reunidas num tomo compacto e sem fios³. Elas estão espalhadas por inúmeros bilhetes, fotocópias de textos universitários, pedaços de papel os mais diversos. Algumas se encontram no verso da última página de um longo texto fotocopiado; outras, no verso da primeira; outras, no próprio texto e não no verso; outras, sabe-se lá onde. Muitas certamente foram e/ou serão perdidas para todo o sempre.

Não me arrependo profundamente. Guardo na cabeça as melhores memórias de 2004. Mas já me precavi para o ano que vem. Tenho uma agenda 2005 prontinha e que já conta com anotações. Já planejei coisa demais para o ano. É de se esfregar as mãos.

***

Não vou usar hoje mais uma idéia do arquivo. O DOIDIMAIS CORPORATION têm se atualizado demais neste fim de ano.

Em vez disso, vou deixar vocês com a idéia (excelente, por sinal) de uns a-toas em fazer uma releitura adulta e perturbadora de Super Mario Bros. Confiram imagens em < www.tantosequantos.blogspot.com > e o tópico original em < http://www.ocremix.org/phpBB2/viewtopic.php?t=46078&postdays=0&postorder=asc&start=0&sid=5861433d15e 7a353c1b255ade6dceef3 > .

Vale muito a pena dar uma olhada.

***

Vou viajar, não teremos atualizações por alguns dias.

Que todos tenham um 2005 doidimais.

***

¹ Nome de uma música de verdade, baixável em < http://www.ocremix.org/detailmix.php?mixid=OCR00831 > .

² Achei "inúmeras" lugar-comum demais. Será?

³ Homenagem a certa propaganda da Polishop.
 

Peixes:
quarta-feira, dezembro 29, 2004
 

WHEN THERE´S TROUBLE, YOU KNOW WHO TO CALL

(ao som de Puffy AmiYumi - Teen Titans)

A Tapas e Pontapés, o mais novo livro de Diogo Mainardi, não tem nada de novo. Ao ler, reconheci quase todas as linhas de Vejas passadas. Poucas foram as coisas que não lembrava.

Mas apesar de não ter nada de novo, continua atualíssimo. Altamente recomendado. E já está na 4ª edição, quem diria.

Em minha avaliação, o livro consolida Mainardi ao lado dos grandes colunistas brasileiros da atualidade, juntamente com Millôr, Olavo de Carvalho, Veríssimo, Ubaldo Ribeiro e outros. Com a importante lembrança de que já vi Mainardi criticando dois desses aí citados. E dizendo que virou amigo de um dos quatro.

When there's trouble you know who to call...
Teen Titans!
From their tower, they can see it all...
Teen Titans!

When there's evil on the attack
You can rest knowing they got your back
´Cuz when the world needs heroes on patrol
Teen Titans... GO!

Meu grupo de estudos em Internações Relacionais perdeu dois membros. Somos agora cinco. O que quer dizer que passamos de Liga da Justiça a Jovens Titãs. O problema é que em ambos os grupos tem-se duas garotas (não que isso seja um problema per se, evidentemente), e uma das pessoas que saiu era justamente uma XX.

O que fazer? Vestir o Diego Sanchez de Ravena?

With their superpowers they unite...
Teen Titans!
Never met a villain that they liked...
Teen Titans!

They've got the bad guys on the run
They never stop ´till the job gets done
´Cuz when the world is losin' all control...
Teen Titans GO!
Teen Titans... GO!

Esses imbecis que reclamam da tevê como lixo cultural não reparam que existem coisas que nunca funcionariam fora da tevê. Obras primas, arte fina - Seinfeld, Tiny Toons, Simpsons - nuncajamaisdejeito nenehum poderiam existir se não fosse essa maravilhosa invenção que é o televisor, abençoado seja.

Mais retardados ainda são os ignorantes que chamaram Simpsons de ofensivo por causa do episódio no qual a família visita o Brasil. Vi até gente dizendo que era coisa de "intolerância" e de "americanos se acharem os melhores". Burros.

Não existe NADA mais ANTI-americano que Simpsons. Em repetidos episódios são feitas severas críticas ao Estado americano, quando não fazem os (nada raros) capítulos dedicados inteiramente a rechaçar Washington. E em todos os episódios vemos críticas ao modo de vida americano (muito semelhante ao nosso em inúmeros aspectos, certamente).

Pior que a ignorância sozinha é quando a ideologia começa a alimentá-la para produzir conclusões desastrosas. Don´t even get me started no escândalo do "jogo assassino" em Ouro Preto.

If your heart is black you better watch out
You cannot escape the team
When they catch you there won't be any doubt
You've been beaten by the teens...
Beaten by the teens...

T-E-E-N, T-I-T-A-N-S
Teen Titans, let´s go!

When there's trouble you know who to call...
Teen Titans!
From their tower, they can see it all...
Teen Titans!


Tem muita raiva nestas linhas - contrastando com a empolgante e alegre música. Como estou usando idéias do arquivo, acho melhor deixar o momento passar. Para não manchar mais estoque precioso com tantos xingamentos.

When there's evil on the attack
You can rest knowing they got your back
´Cuz when the world needs heroes on patrol
Teen Titans... GO!

Teen Titans... GO!

One, two, three, four, go!
Teen Titans!
 

Peixes:
sábado, dezembro 25, 2004
 

E ENQUANTO ESTAMOS NO ASSUNTO...

(ao som de Lodger - God has Rejected the Western World)

No Natal tudo é de Natal. Abraço de Natal. Presente de Natal. Árvore de Natal. Ceia de Natal. Almoço de Natal. Milagre de Natal. Chuva de Natal. Brinde de Natal. Canção de Natal. Votos de Natal. Especial de Natal. Festa de Natal.

Eu gosto.

Só queria que me dessem também uma bela potiguar.

***

Eu não vejo nenhum problema em piadas particulares. Queria deixar isso muito bem claro.

Basta torná-las públicas.

***

Sempre que o substantivo "desconfiança" é acompanhado de um verbo, esse verbo é "gerar".

Que clichê. A gente podia usar "construir".

***

Observem bem o sinal-da-cruz. Ao dizer "Pai", a mão toca a cabeça, onde fica o cérebro e um monte de coisas importantes. Ao dizer "Espírito Santo", a mão toca o coração, de importantíssimo valor simbólico e fisiológico.

Mas ao dizer "Filho"... a mão toca um pedaço nada nobre de carne. Um simples revestimento de pulmão e não-sei-mais-o-quê.

Eita. Nós filhos sempre fomos mal-tratados.

***

Não perDam... mais um emocionante episódio das suas séries favoritas!

O VIGÁRIO VIGARISTA

JORGE, O MONGE

DUDA, O DRUIDA

AS PROSTITUTAS CIBERNÉTICAS

RODRIGO, O CLÉRIGO

MEDITAÇÕES MEDITERRÂNEAS

e claro...

MULLETS & BULLETS

***

Aviso: impossível achar a música-tema deste post exceto em www.lodger.tv . Imperdível este hit da banda finlandesa. Clique em "videos".
 

Peixes:
sexta-feira, dezembro 24, 2004
 

E QUE TODOS TENHAM UM FELIZ NATAL

As pessoas falam e falam dos pastores protestantes, mas a verdade é que eles são excelentes administradores. Vejam aquela obra monumental across - ops, digo, em frente - ao edifício JK, aqui em Belo Horizonte - que dizem ser o maior templo protestante da América Latina ou coisa parecida. Ficou pronta em questão de meses, e é muito maior que o Diamond Mall e semelhantes. Sem desvio de verba, sem CPI, sem atrasos, sem nada.

Além do mais, o templo não ofende os olhos. Não é lá o primor da estética - não nos deixou nem um pouco mais próximos de Roma, Veneza, Paris, ou mesmo de São Paulo - que recentemente tive o prazer de revisitar para finalmente descobrir que se trata, sim, de uma cidade linda. Mas é bem legalzinho, é quase como ter uma wonder do Age of Empires 2 (ou no caso, 3) bem aqui em Bê Agá - se não pela beleza, pelo menos pelo gigantismo do templo.

Ontem mesmo pensei em fazer um documentário sobre o templo, uma coisa invasiva tipo Michael Moore. Mas não satisfeito, pensei numa série de documentários sobre construções famososas de Bê Agá. Começará com uma série de três, sobre as enormes diferenças entre três prédios muito próximos - o JK, o Templão, e o Diamond Mall. Mas é Natal, então não falemos mais de trabalho.

***

Como todos sabem, o Brasil é um país hipócrita. É claro, é muito fácil acusá-lo disto - visto que todo jovem que se acha conscientizado o faz. Além de - claro - manifestar outras grandes e nobres aspirações políticas, como usar camiseta do Che Guevara, xingar George W.Bush, odiar Diogo Mainardi, e se achar muito inteligente por não concordar com tudo o que Michael Moore fala.

Deixem-me então justificar adequadamente a primeira frase do parágrafo anterior (rotulada pelos burocratizantes professores de português do Dom Silvério como tópico frasal.) O Brasil é um país hipócrita porque viola vários artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que ele mesmo assinou em 1948.

"Article 3.

Everyone has the right to life, liberty and security of person.

Article 7.

All are equal before the law and are entitled without any discrimination to equal protection of the law.All are entitled to equal protection against any discrimination in violation of this Declaration and against any incitement to such discrimination.

Article 12.

No one shall be subjected to arbitrary interference with his privacy, family, home or correspondence, nor to attacks upon his honour and reputation. Everyone has the right to the protection of the law against such interference or attacks."

O desarmamento da população civil fere todos esses artigos. Fere o terceiro, porque retira do cidadão um dos mais eficazes meios de garantir por si próprio esse direito. Fere o sétimo, porque pessoas privilegiadas continuarão desfrutando do direito a porte de armas enquanto o cidadão comum tem que depender da polícia do Brasil (muuuito eficiente, como foi demonstrado nos últimos vinte anos com os trezentos mil homicídios, fazendo deste o país mais violento do mundo) para manter sua vida e sua propriedade. E fere o décimo-segundo, porque remove do cidadão a "proteção da lei contra tais interferências ou ataques", visto que se usar uma arma para se defender de bandidos terá de se justificar para o Estado.

O Brasil violou e continua violando o Artigo 19 em inúmeras ocasiões:

"Article 19.

Everyone has the right to freedom of opinion and expression; this right includes freedom to hold opinions without interference and to seek, receive and impart information and ideas through any media and regardless of frontiers."

Com a onipresença absoluta de uma mesma corrente de pensamento em escolas, universidades, e - principalmente - órgaos políticos, de grêmios e associações estudantis aos partidos que mandam neste país, não parece haver - ou melhor, não há - muito espaço para quem nada contra a corrente. O único refúgio dos anti-socialistas, anti-coletivistas e verdadeiramente anti-conformistas (e olha que isso não significa cegamente abraçar a Direita) parece ser a Internet - no máximo, dois colunistas no Brasil têm algum espaço na raça jornalista impressa. Esses dois, cujos nomes nem precisam ser ditos, têm um gigantesco séquito de odiadores e são tratados nas universidades como bobões e/ou babacas. No excelente Colégio Marista Dom Silvério, ensinaram-me que um é sempre irônico - portanto não devemos levar o que ele fala a sério, já que ninguém pode realmente pensar aquelas coisas terríveis. E sobre o outro, filósofo e professor que já publicou livros incríveis, que escreve com um estilo saboroso e tem formidável erudição, nunca mencionaram - é como se não existisse. Muito mais importante preparar para o vestibular do que para um pensamento crítico de fato.

E a raça jornalista brasileira não ajuda a cumprirmos o artigo 19, com sua subserviência completa aos órgaos de imprensa estrangeiros que também estão mergulhados em sua corrente de pensamento. O tratamento dado às eleições americanas deste ano é um flagrante desrespeito não apenas aos princípios jornalísticos mais básicos, mas também a um dos direitos humanos universais.

E como se não bastasse, ainda querem implementar o Conselho Federal de Jornalismo e a Ancinav.

"Article 26.

(1) Everyone has the right to education. Education shall be free, at least in the elementary and fundamental stages. Elementary education shall be compulsory. Technical and professional education shall be made generally available and higher education shall be equally accessible to all on the basis of merit."

Ao implementar as cotas universitárias - e elas estão se alastrando, seja no Rio de Janeiro (UERJ), Brasília (UnB) ou aqui perto de casa (UEMG) - o Brasil, corrupto e demagogo, novamente desrespeita os direitos humanos. Não faltam defensores dessa causa bárbara e embrutecida de empurrar academia adentro estudantes menos preparados simplesmente por causa de uma "dívida histórica" completamente impossível de avaliar num país com mestiços para todos os lados. Uma causa que já está causando problemas na UERJ e que apenas alastrará ainda mais problemas para o resto do País, afundando de vez a nossa já combalidíssima educação.

Mas considerando a corrente de pensamento que domina hoje o Brasil, até que não é de se surpreender esses desrespeitos todos. Como sabem, quando foi aprovada na Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos contou com 48 votos a favor e 8 abstenções. Não poderiam ser mais simpáticos ao nosso Brasil e aos nossos demagogos esses que se abstiveram: BieloRússia RSS, Tchecoslováquia, Polônia, Arábia Saudita, Ucrânia RSS, União Sul-Africana, Iugoslávia... e a queridíssima e boníssima União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

***

Boa noite, boa ceia.

Que todos tenham um Feliz Natal.
 

Peixes:
quinta-feira, dezembro 23, 2004
 

O NATAL... ESTÁ CHEGANDO...

(ao som de Coca-Cola Christmas Song)

Holidays are coming...
Holidays are coming...
Holidays are coming...
Holidays are coming...
Holidays are coming...
Holidays are coming...

Ah, a magia do Natal. Aquela excitação, fascínio e brilho nos olhos típicos e únicos da época. Outrora, este sentimento era sentido já no comecinho de dezembro, com a montagem da árvore de Natal. Gradualmente, a medida que envelhecemos, esse sentimento vai se enfraquecendo, até chegar ao ponto de passarmos um dezembro inteiro sem ele, mesmo. Uma coisa muito triste.

´Tis the season
Watch out, look around

Something´s coming,
Coming to town (Coming to your town)

Vale qualquer coisa para ter esse sentimento de volta, não é mesmo? Acontece que ele não está na decoração dos shoppings, nem em comprar presentes, nem em cartões totalmente clichê. Aliás, como todos sabem, os odiadores de clichês estão sempre numa cilada natalina - pois odiar e desprezar as festas de fim de ano é tão clichê quanto gostar delas.

Meus caros, aquela sensação natalina da sua infância não está em mandar mensagens para seus amigos e familiares, nem na ceia de Natal, nem em celebrar a festa juntamente com os que você ama - nada dessas coisas bobas e superficiais. A magia do Natal está nesta música da Coca-Cola. Especialmente neste trecho:

Tchoo-roo-roo-roo, tchoo-roo-roo
Tchoo-roo-roo-roo, tchoo-roo-roo

Esse tchu-ru-ru é fascinante. Ele traz de volta memórias de antigos Natais, mais alegres e fascinantes, além de lembrar 1) a propaganda televisiva que no final mostrava a imagem de Papai Noel num caminhão, piscando para a tela e 2) o caminhão em si, subindo a rua na noite de Natal, entoando a musiquinha. Posso estar sendo excessivamente sinesteta ou abstraindo demais aqui, mas esse tchu-ru-ru traz-me uma sensação de frio e refrescância - e duma maneira tão vívida... poucas músicas conseguem me trazer sensações tão imediatas¹ (e olha que eu viajo muito com músicas).

Always Coca-Cola...
(coming to your town)


Something magic...
In the night...
Can´t you see it?
Shining bright (Shining bright!)

Lah-lah-lah-lah-lah-lah-lah-lah,
Lah-lah-LAH-lah-lah-LAH-lah-LAH,
(Always Coca-Cola)


Para aqueles que acham que sou superficial e medíocre demais por ter como lembrança tão cara uma produção tão massificante e capitalista (como se fizesse diferença gostar de algo feito para ganhar audiência e assim vender produtos e gostar algo que planeja vender diretamente), digo que esta não é a única coisa que me traz a magia natalina. Rejogar certos jogos ou reler certos quadrinhos também o fazem. Tudo faz parte do pacote.

O que vale mesmo é passar a época com o espírito, certo? Carnaval sem o espírito são apenas dias de marasmo com a mesma coisa de sempre na TV; Páscoa sem espírito é apenas peixe com chocolate; Dia das Mães e dos Pais sem espírito é apenas uma burocrática troca de presentes e abraços com tios, tias e demais parentes. Enquanto uns protestam, ou se orgulham que com eles não é assim, eu continuarei correndo para a varanda toda vez que ouvir a musiquinha² ao longe.

Always with refreshments, always ring³,´tis the season, it always will be
Holidays are coming...
Holidays are coming...
Holidays are coming...
Always Coca-Cola...
Watch out... look around...

***

¹ Uma certa amiga empolgou-se ainda mais com a música, dizendo que ao ouví-la chegava a se sentir em outro país (precisa dizer qual?), com neve e tudo. Diga-me com quem andas...

² Quem quiser, deixe nos comentários o nome de MSN para que eu mande-a; menos de 1 MB, e vale muito a pena, claro.

³ É extremamente difícil transcrever esta parte. Quem tiver um ouvido melhor, favor disponibilizar-se para ajudar.
 

Peixes:
segunda-feira, dezembro 20, 2004
 

MAS QUE COISA

Não há ó gente, ó não, uma única pessoa em toda a Terra que conheça todas as oito pessoas acima retratadas¹. Não, meus caros, não há. Inda assim, as fotos foram reunidas nessa elegantíssima (cof, cof) montagem - graças a duas maravilhas do século XXI (salve, salve): o orkut e os fotologs. O primeiro alimenta os últimos, na medida [em?] que no perfil orkutiano/ orkutístico/ orkuteiro /orkutivo de alguém constará, não raro, o endereço de seu blog ou fotolog, aquelas benditas letrinhas que se seguem ao dáblio dáblio dáblio ponto e são o péssuordi que nos permite embarcar no fantástico mundo dos cinzas². Permitisse este template uma formatação mais ampla, disporia as duas imagens lado a lado, e teríamos então uma cena tão cheia de movimento que se compararia à Última Ceia, de Da Vinci - mandando aqui a modéstia, o bom senso, e o respeito para com a inteligência do leitor e o patrimônio da Humanidade às mais distantes favas.

Isto disto, isto posto, isto esclarecido, podemos dissertar sobre os tópicos seguintes da agenda. Já que falando de orkut estamos estando, podemos então poder estar estando lançando comentários a nível de orkut. Como sabem³, o orkut, enquanto orkut, se escreve sempre com minúsculas, a nível de ortografia. Já o fundador do orkut, o sr.Orkut, enquanto pessoa, esse se escreve com maiúscula, a nível de primeira letra do nome.

E aí fica aquela pergunta social - qual o impacto social do orkut nas relações interpessoais da nossa sociedade social contemporânea capitalista? No âmbito da sociedade social, as relações sociais virtuais revelam-se como desafio para o pensamento social contemporâneo. Marx e Gramsci talvez possam lançar luz social nessa difícil e intrigante questão social que aflige o cenário diverso do capitalismo contemporâneo imperializado brasileiro e social. Observem este exemplo social: existem pessoas que são friends no orkut e na verdade mal se conhecem, ou mesmo nunca se viram pessoalmente (ou seja, nunca se encontraram socialmente). Adicionalmente, o quão etiqueta social é ler o perfil social de alguém no orkut? Ao adicionar-se ou ser adicionado por um(a) colega de trabalho ou faculdade - campos sociais - será que faz-se necessário conhecer alguns detalhes, para que no futuro próximo não seja feita uma pergunta e a pessoa responda "pô, mas tem no meu perfil social no orkut, você não viu?". Dessa forma, perguntamos - os perfis do orkut podem, a longo prazo, cortar as conversas sociais iniciais de descoberta do outro para que as pessoas possam partir diretamente para discutir assuntos sociais mais importantes - como responsabilidade social, desarmamento social, ação afirmativa social, comunicação social e políticas sociais? Ou será que essas conversas serão desviadas para assuntos politicamente incorretos e para a discussão dos bens e do estilo de "vida" anti-social da sociedade de consumo? São questões sociais que afligem, e realmente devem ser pensadas pela sociedade, que deve trabalhar por uma maior conscientização. Social.

***

O texto fugiu ao controle; ficou grande demais, especialmente o último parágrafo. Mais idéias até o final do ano. E além, claro!



¹ Literalmente, ahahahahahahahahaha!

² Gíria local, aliás, tribal. Significa desconhecido, não-familiar, estranho. Algo como a palavra "bárbaro" para os gregos.

³ Em 95% das ocasiões, esta expressão é usada para mostrar que os interlocutores não sabem, e que o locutor está combatendo a atroz ignorância que pulula em suas mentes.
 

Peixes:
quinta-feira, dezembro 16, 2004
 

ESTADOS UNIDOS

Eventos recentes encheram-me de inspiração e idéias. Algumas talvez sejam autobiográficas demais para figurarem neste blog - que, como já reiterado, não é um diário - mas talvez uma ou outra historieta seja publicada nos próximos dias.

Nas últimas semanas, ocorreu uma falta de registro de novas idéias para textos. Isto não quer dizer que elas não tenham surgido - apenas que eu as esquecia antes de registrá-las. Elas teimam em surgir em momentos inconvenientes, como quando estou morrendo de sono ou andando no meio da rua, e não raro consigo convencer a mim mesmo de que em breve lembrarei da idéia porque o assunto é um dos quais penso várias vezes.

Assim, mantive o blog em tempos recentes com as idéias que estão no banco - isto é, num documento .txt que guarda algumas dezenas de sentenças que nunca viraram textos desenvolvidos. Para impedir que o banco se esgote - o que seria para mim uma verdadeira catástrofe¹ - a solução esperada é fazer uso das idéias que surgem enquanto se escreve, que compõem boa parte do conteúdo do DOIDIMAIS CORPORATION.

Falando em idéias que surgem enquanto se escreve, já existe um outro debate neste blog além daquele do diário x não-diário (a palavra diário usada aqui no sentido de diary, não de daily, percebem? Daily isso aqui nunca vai ser). Diz respeito ao fluxo de consciência. Um leitor do DOIDIMAIS CORPORATION disse que sou um ótimo escritor "stream of consciouness"; por outro lado, uma leitora afirma veementemente o contrário. Quem estará com a razão? Fica a pergunta.

De qualquer forma e felizmente², a eventful week que acabou de passar provou-se muito frutífera³ para a construção de novos textos, incluindo uma crônica full-fledged que não demorará (MUITO!) a aparecer aqui.

***

Sempre foi prática no DOIDIMAIS CORPORATION, toda vez que como imagem de post é usada a bandeira de um país, justificar abertamente seu uso - ao contrário das outras imagens, que nem sempre têm ligação direta com o escrito, e, como sempre explicado, revelam direta ou indiretamente algo do momento na vida do autor. As imagens postadas um mês antes do Natal, por exemplo, revelam todas objetos de desejo (embora nem sempre diretamente - não vão pensar que eu quero Robert Mugabe, e sim que eu gostaria de discursar na ONU um dia).

A bandeira dos Estados Unidos da América foi usada por causa de reflexões recentes. Este ano observei três MUNS; portanto, três delegações dos Estados Unidos.

Em Brasília, em julho, os EUA eram de alunos mais velhos da PUC-Minas, alguns com os quais já tive o prazer de sair, graças aos esforços de integração de uma certa garota. Vários deles ganharam prêmios, e a turma ficou como a melhor delegação do evento. São alunos brilhantes, realmente.

Em Belo Horizonte, em setembro, os EUA eram de alunos do Ensino Médio do Dom Silvério. Fonte de inúmeras frustrações e reclamações, esta delegação demonstrou o que eu já sabia: meu ex-colégio ainda tem muito chão a percorrer, não apenas no que se refere a atividades extra-classe que realmente ensinem (revogadas as excursões idiotas de análise de rochas), mas também no combate à hegemonia do "pensamento" escolar (quase todos os alunos do Dom Silvério que tenham alguma orientação política são socialistas guevaristas marxistas de esquerda).

Em São Paulo, neste dezembro, os EUA eram da Universidade de Brasília. E putz, como eles são bons. Tem um certo delegado que teve discuros lendários. Uma briga desse pessoal com o da PUC-Minas seria formidável. Ah não, espera, ela já aconteceu, no Chal... - ops, não, esqueçam. Piada interna não divulgável. You don´t talk about the Fight Club.

Respondendo ao comentário que surgiu antes d´eu colocar o texto aqui: agora em São Paulo eu representei o Reino Unido (o grande ódio do meu Zimbábue!), mas como a bandeira britânica já foi colocada em outro post, e havia algo para se falar dos EUA, assim foi feito.

Com esta, já são três os P-5 com bandeira colocada aqui. "Mas o que é um P-5?", pergunta você. Respondo:

Um P-5 (pronuncia-se pí fáive, e não pê cinco) é um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Atualmente, eles são: Estados Unidos da América, Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, República Francesa, Federação Russa e República Popular da China.

"Mas se são permamentes, por quê o atualmente na frase?", você pergunta. Explica-se: ao contrário do que acaba se afirmando, já ocorreram duas modificações nos assentos permanentes. O assento da Federação Russa foi herdado da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, em 1991. E vinte anos antes, um dos membros permanentes e também um dos fundadores da ONU - a República da China - foi expulso e prontamente substituído pela República Popular da China, graças ao bom trabalho dos representantes do mundo na digníssima Assembléia Geral - que muito espertamente passou a Resolução 2758 como questão de credenciais e não de membership. Assim, a República da China não pôde usar seu veto para impedir a expulsão.

Nos dias de hoje, reserva-se o nome de Taiwan para se referir à República da China; e China mesmo é a República Popular da China. O insignificante Taiwan tem 22 milhões de habitantes e renda per capta de 18 mil dólares. É, coisa pouca mesmo.

***

Eu dizia outro dia que ando jogando Super Mario 64 enquanto ouço música eletrônica que não é a do jogo. Dizia que isto trazia à tona um tópico delicado. Explico.

Most sincerely, ouvir outra música que não a do próprio jogo enquanto se joga é como colocar adoçante no vinho. Um pecado mortal - é tentar adicionar-se valor a algo duma forma que acaba desvirtuando completamente a essência da experiência original. É claro que isto é tão mais ou menos válido de acordo com a qualidade do jogo e da trilha sonora. Ouvir Usher, 50 Cent ou Los Hermanos enquanto se joga Chrono Trigger é colocar Zero Cal numa taça de Romaneè Conti. Colocar The Underdog Project para jogar um clone vagabundo de Tetris já pode valer a pena.

A música em um jogo é parte fundamental da experiência, e um jogo de qualidade invariavemente vem acompanhado de uma excelente trilha sonora, apreciável mesmo fora do jogo. Se tem gente que curte ouvir outra coisa enquanto joga, mesmo no caso de trilhas sonoras formidáveis, que seja, bom para eles; também deve ter gente que coloca açúcar no Black Label ou no Moët Chandon.

Mas por quê eu então jogo Super Mario ouvindo Better Off Alone e outras atrocidades? Explico: eu já zerei o jogo várias vezes e conheço a trilha sonora de cor. Eu nunca me atreveria a experimentar um jogo sem antes ter pós-gradução na sua trilha, a menos que ela seja realmente ruim. Seria como ser desses que salgam a comida antes de tocar os talheres.

Resta também o fato de que o custo de jogar enquanto se ouve outra coisa é o mesmo ou praticamente o mesmo, enquanto bebidas e adoçantes são recursos escassos.

Um amigo meu, discutindo este tópico, propôs um excelente argumento contrário: jogar enquanto se ouve seria uma maneira de adicionar algo à experiência da música. Ou seja, mais do que ouvir sua banda, você gasta o tempo jogando e vivendo aquela música com uma outra atividade. De fato, um ótimo argumento, e totalmente verdadeiro: eu realmente aproveito muito mais o momento de ouvir minhas músicas se o passar jogando.

Mas mesmo sendo correto, o argumento é contraditório. Com o quê? Com a analogia.

Afinal, colocar Zero Cal no vinho é uma maneira de adicionar valor à experiência de se consumir o adoçante?


¹ A qual pode perfeitamente ser evitada: poucas idéias restando no banco, para-se de escrever. Fim.

² A sentença ficaria bem usando tanto "de qualquer forma" quanto "felizmente"; fui comedido, pensei bem, e fiquei com as duas.

³ "Provou-se muito frutífera" é um dos meus clichês. Sim é clichê, mas é meu.
 

Peixes:
quinta-feira, dezembro 09, 2004
 

CARÍSSIMOS ILUSTRÍSSIMOS

¡Representantes del mundo!

Representatives of the world!

Représentants du monde!

Vertreter von der Welt!

Представители мира!

世界的代表!

Este post deveria ser o no qual eu avisava de minha viagem para São Paulo para o MONU (www.monu.org.br), justificando uma temporária falta de atualizações. Bem, deveria. Acabou que no momento H o Blogger deu tilt e não deu para colocar nenhum texto abaixo dessa foto de Robert Mugabe (o excelentíssimo presidente do Zimbábue desde a criação do país, em 1980).

Assim, meus prezadíssimos, é na maior cara-de-pau¹ que uma semana depois do dia em que eu deveria colocar o texto, eu edito o post deixando a nota, como se nada houvesse acontecido:


Ei! Fui para São Paulo, para o MONU, tá ligado? Volto só dia 15. Até lá, meu!


¹ Como diabos saber se cara-de-pau é com hífens ou não?
 

Peixes:
domingo, dezembro 05, 2004
 

TUDO PARECE MELHOR

Há um intrigante debate acontecendo na Internet. Diz respeito à freqüência com a qual os blogs devem ser atualizados.

O chefe da sucursal Brasília da revista ISTOÉ, Tales Faria, defende que os blogs devem ser constantemente atualizados. Diz estar "de saco-cheio (sic) de notícias e comentários amarelecidos pelo tempo numa mídia tão ágil e rápida quanto a internet (sic)." Diz ele:

"Busco os blogs dos meus ícones profissionais e inevitavelmente esbarro na maioria deles em atraso com o leitor, com notícia velha, comentário ultrapassado pelo tempo (...) Fica feio para o profissional e para os próprios sites ou portais hospedeiros."
( artigo completo em < http://noblat.blig.ig.com.br/materia39.html > )

Do outro lado do espectro (ou de debate, como preferirão os não-fãs de Adam Watson) está alguém muito mais subversivo, ácido e arruaceiro que Diogo Mainardi. Trata-se de Wagner Martins, codinome Mr. Manson, webmaster do Cocadaboa. Ele acredita que a pressão por atualizações não justifica a gigantesca quantidade de lixo que acaba parando na Internet. E ainda¹ acaba sendo prejudicial para os portais:

"Quanto mais coisas irrelevantes você entregar, menos atenção receberá. Uma coisa é ter dez mil visitantes diários, outra, completamente diferente, é ter dez mil leitores."
( artigo completo em < http://www.cocadaboa.com/archives/004065.php > )

Vale a pena acompanhar o debate. Como sabem, o DOIDIMAIS CORPORATION está muito inclinado para a segunda posição dele; inda assim, não escapa de uma certa vontade de atualizar constantemente.

***

As pessoas não sabem, mas ter um filho as encarrega da maior responsabilidade do mundo: escolher o nome. Vejam que coisa:

Antigamente, as pessoas não escolhiam com quem se casar. A família os fazia por elas. Hoje, pelo menos no Ocidente, já escolhemos com quem nos casar (ou mesmo se vamos fazê-lo).

Antigamente, as pessoas não escolhiam que profissão seguir, ou tinham muita pouca liberdade para fazê-lo. Hoje, existem centenas de cursos de gradução disponíveis. São tantos que a grande maioria² da população não sabe exatamente o que é. Isto acontece mesmo com cursos populares, como Engenharia de Produção, Internações Relacionais, Comunicação Social e Biomedicina.

Antigamente, as pessoas não escolhiam em que país nasciam. Hoje continuam não escolhendo, mas viajar tornou-se infinitamente mais fácil (mesmo que ilegalmente).

Entretanto... as pessoas hoje, assim como antigamente, continuam não escolhendo o nome que portarão para o resto da vida. Inda que no Brasil admita-se a troca de nome - somente após os 18 anos, e somente em casos de extrema ridicularizãção ou segurança - nada impede que existam pessoas que estejam insatisfeitas com o próprio nome, e, não tendo a sorte de estarem ameaçadas por bandidos nem o azar de se chamarem "Décio Pinto" ou "Vaginuda", não poderem trocá-lo jamais.

Em um episódio de Os Simpsons, um Homer mais jovem e uma Marge grávida discutem o nome do futuro primogênito. Quando a esposa sugere "Bartolomeu", Homer confere quais piadinhas os garotos podem fazer com o nome. Vai contando nos dedos... "art, bart, cart, dart, eart...", pára, e por fim, aprova o nome.

Apenas lhe faltou conferir mais um único trocadilhozinho na ordem alfabética para chegar a "fart". Com isto passado despercebido, botou o nome que bem entendia.

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Poucas coisas são melhores para elevar o humor do que uma boa dose de música eletrônica, intercalada aleatoriamente com bossa nova, Neil Sedaka, Dire Straits, e faixas da trilha sonora de filmes como Men in Black e O Rei Leão. Parece misturado demais, mas funciona. E melhor ainda se você não ouve essas músicas já há algum tempo.

Jogar Super Mario 64 é muito bom também. Até mesmo ouvindo música eletrônica que não é do jogo. O que me leva a um tópico delicado que desenvolverei no próximo post do DOIDIMAIS CORPORATION.

Ah, completar tarefas (dentro do prazo esperado) também é bastante satisfatório.

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A foto que ilustra este post e talvez tenha intrigado vocês é do jogo de tabuleiro Risk 2210 AD, que é basicamente um WAR no futuro, com um bocado de coisas a mais.

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¹ Se eu fosse mais conciso, não teria escrito este "ainda". E a frase ficaria com a mesma qualidade.

² Ao contrário dos retardados imbecis que clamam que "grande maioria" é um pleonasmo, eu os lembro que 1) no caso de um grupo ser dividido em 100 facções, um deles pode ter 1,1% da influência e ser o grupo majoritário. Isto por acaso é uma das maiorias-sempre-grandes?; e 2) uma maioria de 51% e uma de 99% não podem ser igualmente chamadas de grandes.
 

Peixes:
A corporação mais lucrativa, subversiva e informativa do planeta. Doidimais Corporation- expandindo pelo mundo para que você expanda o seu. Doidimais Corporation- ajudando você a ver o mundo com outros olhos: os seus. Doidimais Corporation- a corporation doidimais. doidimaiscorporation[arrouba]gmail[ponto]com

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