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segunda-feira, abril 26, 2004
 
QUEBREI A CARA

Damas e cavalheiros, eu quebrei a cara. Mais uma vez. Foi há pouco tempo.

Oh, bem. Quebro a cara desde que comecei a me interessar por garotas, mais uma vez não vai fazer mal. Ou melhor, vai fazer mal, mas não vai me matar. Quer dizer, ou melhor coisa nenhuma, se fosse pra falar ou melhor eu não teria quebrado a cara in the first place.

O que não me mata me torna mais forte. E engorda.
 

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sábado, abril 24, 2004
 
CONSIDERÁVEIS CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS MESMAS

Ontem, enquanto lanchava, chegando da aula, tive umas três idéias para textos. Acabei perdendo duas - isso que dá não anotar. Isso de ter uma idéia e perder já aconteceu comigo várias vezes.

A propósito, lembro que a idéia restante surgiu por ocasião de assistir na TV mais uma daquelas propagandas de partidos políticos. Desfilavam aqui e ali discursos totalmente patéticos, carregados de chavões e sem nenhuma energia, proferidos por sóbrios (ou não?) homens de terno velhos e caducos. Daí a idéia de uma dissertação sobre isso.

Mas aí eu penso nas mais de sessenta idéias para textos, até agora nunca aproveitadas, que descansam em meu winchester. Formam uma coleção de sentenças - algumas, meros trocadilhos ou combinações legais de fonemas; outras, pontos interessantes que renderiam um punhado de parágrafos; outras ainda, bases para longos textos cheios de encadeamentos - que poderiam me proporcionar alguma satisfação intelectual, como vários de meus textos já fizeram.

Será que eu deveria me importar em ficar acumulando mais idéias, como um mercantilista cego? Não seria mais interessante começar a transformar todas aquelas sentenças acumuladas em diversas dissertações desenvolvidas ( e delatadoras, denodadas, depravadas, destiladas, discernentes, dissectoras e denotativas, na medida do possível*), como um capitalista que investe no que têm?

Outro fator complicador reside no fato de que posso sempre esrever neste blog meramente relatando algo que aconteceu comigo, sem lançar luz no assunto, como pode ser observado em alguns dos posts anteriores. Não digo que isso é poder escrever sem inspiração, mas pelo menos é escrever sem a inspiração a qual estou acostumado.

Uma hipótese que espero comprovar empiricamente é a de que quanto mais escrevo mais idéias tenho - algo que acontecia pelo menos durante os sete meses em que escrevi o meu primeiro e por enquanto único livro, o Tantos & Quantos.

Queira o destino que sim.

***

( * Este na medida do possível corre o risco de se tornar em grande medida, porque meu professor de História das Internações Relacionais só fala isso, e eu sempre acho engraçado. Não porque ele seja gordo e obeso, mas meramente porque a combinação dos fonemas me é agradável)
 

Peixes:
quarta-feira, abril 21, 2004
 
KARL MORX

Acabei de ler (parte de) um texto de um tal de Raymond Aron resenhando os escritos de Karl Morx. É para minha prova de Sociologia I, amanhã.

É realmente muito fácil pensar como Morx. Basta ficar falando sem parar "luta de classes! mais valia! burguesia! exploração! capitalismo!", blábláblá.

É incrível que ainda existam morxistas, mesmo após o fracasso do socialismo, seja na Rússia, em Cuba ou na Coréia do Norte. Morxistas não apenas são pessoas sem capacidade de pensarem por si mesmos - pois ficam repetindo as palavras dum alemão barbudo que morreu 1883 - como ainda não conseguem reconhecer os erros do próprio Morx.

A apologia no texto - ou seja, a doutrinação a que somos submetidos nas universidades - é óbvia. Por várias vezes, Aron chama Morx de "gênio" e "grande homem". Adicionalmente, Morx nunca errou - qualquer falha na teoria dele é simplesmente "sujeita a interpretações".

Mas o pior é chamar Morx de cientista. Esquece Aron que o socialismo científico foi inventado por socialistas, não por cientistas.

***

Outra coisa que eu tenho - opa, tenho não, quero - falar é das influências textuais recentemente recebidas. Ando lendo blogs aqui e ali, e alguns, ao meu ver, estão influenciando meu estilo. Redigi meu livro em 2003 sob isolamento textual - eu no máximo beliscava um blog ou outro e me valia da minha dose semanal há muito indispensável de Mainardi e Toledo. Além, é claro, de dar uma olhada ocasional em Machado de Assis. Por isso, eu consegui manter em todo o livro um estilo. Dá pra pegar qualquer texto ali, tirar meu nome, e o leitor saberá que o texto é meu - desde que já tenha lido uns poucos outros. Não sei se é assim com estes fragmentos autobiográficos. A última coisa totalmente Cedê que eu produzi foi no PASCÃO, hoje:

O Efeito Maristão não é negativo. Muito pelo contrário. O Presidente da República, o Mula, esteve sob Efeito Maristão durante treze anos, até que foi eleito. No final, conseguiu atingir a fase final do desenvolvimento - virou um Lula Hall, e agora é freqüentado por bandos de pirralhos.

Só eu poderia ter escrito isso.

O que não quer dizer que seja material bom, claro.

Devo confessar que a idéia de aproximar o DOIDIMAIS CORPORATION de um diário veio d´O Grito da Girafa. Os autores me mostraram que é possível colocar num blog textos de alcance universal (tais como minhas dissertações) ao mesmo tempo em que aqui e ali inserimos doses de autobiografia.

***

Paulo Esteves, um professor meu na CUP Minas, disse que culturas que não têm a palavra "saudade" no vocabulário simplesmente não sentem saudade, da mesma maneira que em cullturas poligâmicas ninguém sente ciúme.

Mas aí fica minha pergunta... nós brasileiros não temos expressão para wishful thinking. Isso quer dizer que nós nunca fazemos wishful thinking?

Sei não, heim.
 

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BÁRBARA BOECHAT

Misteriosas forças, que não podem ser reveladas, fizeram-me escrever acerca de minha colega de Internações Relacionais da CUP Minas, Bárbara Boechat, 20.

Bárbara é uma excelente aluna. Mesmo tendo estudado na Fundação Torino, colégio que afinal não é uma robotizante máquina de vestibular como os outros, ela conseguiu entrar na Universidade.

Como se não bastasse, ela é uma ótima trabalhadora em equipe, destacando-se em todos as tarefas escolares da matéria Plano de Investigação.

Ela sabe falar inglês e italiano fluentemente, e chegou a ser paga para traduzir textos do italiano. Possui também vasta erudição e conhecimento das artes, o que não a impede de curtir, por exemplo, os filmes Guerra nas Estrelas e O Senhor dos Anéis. Inclusive, seu apelido no ICQ é Éowyn - a guerreira que, no meio de um violentíssimo campo de batalha, derrota um Espectro do Anel para salvar seu tio, o Rei Théoden.

Raymond já era. Todo mundo gosta da Bárbara.
 

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sábado, abril 17, 2004
 
DEZESSEIS DE ABRIL

( Atenção: O texto a seguir começou a ser escrito ontem, embora só tenha sido publicado hoje. Leiam- no espíríto de ontem)

Hoje foi um dia chuvoso.

Uma chuva fina não parou de cair sobre a cidade. Fraca, mas insistente.

Hoje fui à Cultura Inglesa Belvedere participar da final estadual da International Public Speaking Competition. Pela terceira vez.

Antes de anunciar o resultado, deixem-me expôr algumas considerações.

Hoje é 16 de abril. Há dois dias fui informado pelo ICQ de que 16 de abril é o aniversário uma garota que conheci na mini-ONU, ano passado. Saímos uma vez. Cinema.

Foi legal. E molhado.

Duas ironias me encontraram hoje. Indo para a PUC de manhã, notei uma placa que dizia "Rua Pará de Minas". Bem, a garota estuda no Loyola daqui...

...mas é de Pará de Minas. Adicionalmente, ela representou a Índia na mini-ONU. E o candidato que eu achava mais forte da Public Speaking Competition recebeu hoje uma pergunta a respeito de sua viagem para a... Índia.

Matei aula, para que pudesse ensaiar o discurso poucas horas antes do evento. Num andar do prédio - é aquele da Concreto, o do relógio grande - existe um grande terraço vazio. De lá, pode-se observar não apenas aqueles grandes prédios do Belvedere, mas tem-se uma visão quase que 360º de toda a Belo Horizonte.

Debaixo de uma chuva fina, em frente a uma barulhenta obra que lá embaixo usava sem parar um trator, e encarando uma movimentada avenida, eu me lembrei de Demóstenes, o maior orador de todos os tempos. Demóstenes era gago. Para vencer esse obstáculo, passou a treinar seus discursos em frente ao ruidoso mar, e ainda por cima com pedras na boca. Demóstenes treinou até que sua voz conseguisse vencer o ruído das ondas e o problema das pedras.

Claro, lembrar dele, ainda que nem de longe me comparando com o próprio, já seria arrogância demais. O defeito mais comum de apontarem em mim sempre foi "arrogante". Ganha até de "feio".

Ensaiei o discurso umas dez vezes. Não parei por me sentir seguro que o havia decorado. Parei por cansaço mesmo, preguiça.

Poucos minutos antes de começar a competição, estava eu já sentado em minha cadeira de candidato, murmurando frases do discurso mais num tom de quem solta um feitiço do que quem reza, quando fui surpreendido pela chegada de dois amigos: Bárbara e Guilherme. Eles estudam Internações Relacionais comigo. Fiquei bem feliz, admito.

Aí a competição começou. Cinco candidatos, eu incluído. Fui o quarto a falar. Me senti bem tranqüilo. Fiz gestos, falei num tom legal. Deu-me branco apenas uma vez, uma pausa de um segundo que logo recuperei. Achando que o discurso não encheria os 5 minutos, pus umas frases no meio, ficou um pouco mais espontâneo. Acabei demorando pouco mais que 5 minutos, mas não ultrapassei os 5:45, então nenhum problema aí.

Respondi às perguntas bem tranquilo. Até mesmo usei "on the other hand" na hora de responder. The Power of Proficiency!

Discursos findos, chega a hora de esperar o veredito dos juízes. Enquanto estou distraído conversando com uma das candidatas- uma garota substancialmente atraente de 16 anos que estuda no Santo Agostinho e quer fazer Direito ou Internações Relacionais - meus dois amigos conversam com minha mãe, que também estava. Assunto: eu, claro.

Veredito sai. O candidato que eu achava mais forte ganha. No big deal. A competição é para pessoas entre 16 e 20 anos. Tenho mais duas chances. Ademais, eu nunca havia me esforçado tão pouco na Competition. Nem mesmo nos dois anos anteriores.

E quando eu tento pensar em coisas como a persistência de um Lula, ou na minha fantasia de ser o primeiro a levar o título mundial para o Brasil, ou ainda em pensar se o cara só faturou porque tem 20 anos e é a última chance dele, ou na burrice que foi de eu nem ter pedido o telefone da candidata.... tudo o que eu consigo pensar mesmo são duas coisas: que está fazendo aniversário uma pessoa muito especial para mim, e que meus amigos vieram me ver na competição.
 

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domingo, abril 11, 2004
 
TODOS DEVERIAM LER

Todo mundo deveria ler Watchmen, a melhor história em quadrinhos do mundo.

Watchmen é uma história fechada, como um livro: os personagens não aparecem em nenhum outro lugar, e não há uma continuação para a história nem nunca haverá. É como um livro mesmo.

Foi publicada originalmente em doze revistas. A obra é surpreendemente cinematográfica - por exemplo, não existem onomatopéias nem balões de pensamento - assim os quadrinhos se aproximam mais dos fotogramas de um filme. Mas a HQ usa um monte de recursos que um filme não poderia usar com a mesma facilidade. Existem MUITOS detalhes escondidos nos painéis que trazem informações importantes, e que se perderiam com a rapidez dos 24 quadros por segundo do cinema. Ler os quadrinhos em ordem diferente da usual pode revelar padrões interessantes. Por exemplo: no último quadrinho de uma das páginas, você vê uma fantasia de super-herói jogada ao chão, sem a pessoa dentro. No quadrinho ao lado (o antepenúltimo da página seguinte), você vê um super-herói aposentado sem a fantasia.

Percebem? De um lado, uma fantasia sem o herói; do outro, um herói sem a fantasia. A obra é LOTADA desses simbolismos.

A capa de cada uma das edições é a primeira e também a última imagem de cada uma das 12 partes.

Outra técnica usada é narrar duas cenas paralelamente, e o que é dito numa cena encontra paralelo na outra. Por exemplo: enquanto dois policiais entram num elevador e o ascensorista diz "térreo a caminho", é mostrada o flashback de um homem caindo da janela de um prédio, em direção à morte. Em outra ocasião, há a cena de um programa de televisão na qual metade das falas são ditas em off, à medida que o mostrado é uma cena de assalto num beco, na qual as falas narram, perfeitamente e sem forçar, o que está acontecendo.

A história é incrivelmente bem-elaborada, tudo vai se encaixando perfeitamente. Ela consegue abranger vários temas também. Watchmen é sobre super-heróis, mas é também sobre a Guerra Fria, a condição humana, política, amor, sexo, violência, delinqüência juvenil, drogas, ambição, valores...

Watchmen é importante demais para ser ignorada. Se eu tivesse uma escola, seria leitura obrigatória.
 

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sábado, abril 10, 2004
 
Peguem já Um e Outro, do Paulinho Moska.

Letra sensacional, fico imaginando o clipe que esta música não daria.

Que tal uma cena com Ikki de Fênix ("um chamusca") contrastada por uma com Hyoga de Cisne ("o outro congela")?

Jogadores de RPG salvando seus personagens ("o outro estanca"); o Neo pousando de um salto ("o outro pousa") enquanto a Daiane dos Santos voa; o Neo novamente sendo libertado da Matrix ("um liberta"); e, claro, imagens do Muro de Berlim sendo destruído ("quem retirou a última pedra do muro em que estávamos vivendo em cima?"), são apenas algumas das imagens que me vem a mente enquanto ouço a música.

Deveria eu ser fazedor de clipes?

Um e Outro
- Paulinho Moska

Um fala, o outro escuta
Um cala, o outro muta
Um grita, o outro olha
Um habita, o outro desfolha

Um aperta, o outro solta
Um liberta, o outro volta
Um salta, o outro pousa

Um falta, o outro ousa

Entrar na fenda que nos separa
da ponte que nos aproxima
Quem retirou a última pedra
do muro que estávamos vivendo em cima?

Um corre, o outro estanca
Um morre, o outro arranca

Um atura, o outro devora
Um mistura, o outro demora

Um concorda e o outro sabe
Que um transborda e o outro cabe
Um chamusca, o outro congela
Um busca, o outro revela

A fenda que nos separa
da ponte que nos aproxima
Quem retirou a última pedra
do muro que estávamos vivendo em cima?

Um existe, o outro permanece
Um insiste, o outro acontece
Um estranha, o outro acostuma
Um acompanha, o outro desarruma

Um agarra, o outro conquista
Um esbarra, o outro despista

Um batalha, o outro entrega
Um encalha, o outro navega

Na fenda que nos separa
da ponte que nos aproxima
Quem retirou a última pedra
do muro que estávamos vivendo em cima?
 

Peixes:
 
ALGUNS PENSAMENTOS

Fui ontem ao cinema assistir a Roubando Vidas, com a Angelina Jolie. Não, eu não fui ao cinema com a Angelina Jolie - muito embora eu adoraria - o filme é que é com ela.

Não é um superfilmaço, mas vale o ingresso. O filme conta a história bem direitinho. Tem uma cena de susto que é inescapável - algumas tomadas assustam apenas alguns no cinema, mas tem uma que não dá pra não se mexer. Maneiro.

Ademais, tem uma cena da Angelina Jolie fazendo sexo. Angelina Jolie. Fazendo. Sexo. Isso não vale o ingresso?

***

No banheiro masculino do cinema do BH Shopping, vi ontem a mais provocante propaganda do mundo. Posicionados ao lado dos mictórios, estão pequenos quadros emoldurados. Em cada quadro, vê-se a foto de uma boca claramente feminina, e a frase em destaque: "Hum... já vi maiores"

Abaixo disso, segue-se um texto sobre como quadros pequenos de propaganda podem surtir grande efeito. Na saída do cinema do BH, talvez você já tenha reparado nuns pequenos quadros com gravuras, posicionados naqueles corredores tortuosos. É disso que estão falando.

Acho que muitos diriam que a idéia é fraca. Ainda bem que escolhi Jornalismo e Relações Internacionais, e não Publicidade.

***

Falando em Publicidade, um outdoor do curso de P & P da Faculdade Pitágoras traz o excelente convite: "Aliste-se na guerra das cervejas". Num descanso para copos que vi no Tapas na quinta-feira, o mesmo curso é anunciado com "O que fez você pedir esta cerveja foi uma propaganda".

Não consigo evitar o fascínio por várias peças publicitárias. Só não acho que eu saiba vender alguma coisa.
 

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