CONSIDERÁVEIS CONSIDERAÇÕES ACERCA DAS MESMAS
Ontem, enquanto lanchava, chegando da aula, tive umas três idéias para textos. Acabei perdendo duas - isso que dá não anotar. Isso de ter uma idéia e perder já aconteceu comigo várias vezes.
A propósito, lembro que a idéia restante surgiu por ocasião de assistir na TV mais uma daquelas propagandas de partidos políticos. Desfilavam aqui e ali discursos totalmente patéticos, carregados de chavões e sem nenhuma energia, proferidos por sóbrios (ou não?) homens de terno velhos e caducos. Daí a idéia de uma dissertação sobre isso.
Mas aí eu penso nas mais de sessenta idéias para textos, até agora nunca aproveitadas, que descansam em meu winchester. Formam uma coleção de sentenças - algumas, meros trocadilhos ou combinações legais de fonemas; outras, pontos interessantes que renderiam um punhado de parágrafos; outras ainda, bases para longos textos cheios de encadeamentos - que poderiam me proporcionar alguma satisfação intelectual, como vários de meus textos já fizeram.
Será que eu deveria me importar em ficar acumulando mais idéias, como um mercantilista cego? Não seria mais interessante começar a transformar todas aquelas sentenças acumuladas em diversas dissertações desenvolvidas ( e delatadoras, denodadas, depravadas, destiladas, discernentes, dissectoras e denotativas,
na medida do possível*), como um capitalista que investe no que têm?
Outro fator complicador reside no fato de que posso sempre esrever neste blog meramente relatando algo que aconteceu comigo, sem lançar luz no assunto, como pode ser observado em alguns dos posts anteriores. Não digo que isso é poder escrever sem inspiração, mas pelo menos é escrever sem a inspiração a qual estou acostumado.
Uma hipótese que espero comprovar empiricamente é a de que quanto mais escrevo mais idéias tenho - algo que acontecia pelo menos durante os sete meses em que escrevi o meu primeiro e por enquanto único livro, o
Tantos & Quantos.
Queira o destino que sim.
***
( * Este
na medida do possível corre o risco de se tornar
em grande medida, porque meu professor de História das Internações Relacionais só fala isso, e eu sempre acho engraçado. Não porque ele seja gordo e obeso, mas meramente porque a combinação dos fonemas me é agradável)
Peixes: