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domingo, maio 30, 2004
 
PROFESSOR CARVALHO*




Pois anteontem deu-me de mandar um e-mail para o filósofo e jornalista Olavo de Carvalho (www.olavodecarvalho.org) parabenizando-o pelo 57º aniversário. No e-mail eu lhe entregava um presente: um link para um verbete da Wikipedia (www.wikipedia.org) sobre ele mesmo, verbete esse que eu criei.

Pois não é que ele respondeu? Pô, e eu mó admiro o cara. Ele escreve muito, mas muito mesmo.

Mas vejam no que consistiu a resposta:

"Prezado amigo,

Muito obrigado pelas palavras gentis e pelo envio do verbete da Wilkipedia, que eu não conhecia e que está redigido em termos bastante lisonjeiros. Agradeço também pelos bons votos de aniversário, com a ressalva de que a data certa é 29 de abril, não de maio.

Um abração fraterno do

Olavo de Carvalho
"

Comecei bem. Dei testemunho a ele que não somente não sei do que estou falando, mas também não presto atenção no que eu mesmo escrevo.

***

Outra coisa a ser notada é que o e-mail de Carvalho foi enviado às 03:44 da manhã. Só de curiosidade.

***

Diogo Mainardi é muito bom. Ponto. Um cara que consegue me fazer rir (alto!)duas vezes em poucas linhas falando nada mais do que a verdade tem que mais é que ser premiado. As pérolas (totalmente justificáveis):

"Deve ser isso que os economistas chamam de indústria da transformação: a gente vende matérias-primas como soja e ferro para os chineses, eles mandam de volta o produto acabado, a ferrugem asiática."

"A China pediu o apoio do Brasil na OMC. Quer receber o título de economia de mercado, a fim de evitar a imposição de barreiras comerciais aos seus produtos. O pleito dos chineses não tem nada de escandaloso. Afinal, até o Brasil é considerado uma economia de mercado pela OMC."


* Se você pegou esta piadinha, legal.
 

Peixes:
 
DESAPONTAMENTO

Eu confiava na minha comunidade.

Por uns instantes, eu pensei que ia acontecer - mas não aconteceu. Explico.

Tudo começou no post anterior, que foi comentado pela Bárbara, que assinou "Ba".

Alguma pessoa muito espirituosa e muito inteligente colocou um outro comentário assinando - vejam só - "Be".

Outra pessoa, não menos espirituosa que esta última, fez igual, desta vez assinando "Bi".

Estremeci. Quem realmente me conhece sabe que para mim poucas coisas significam mais do que piadinhas sem sentido. Muito embora eu nunca tenha colocado isso nestas palavras, apreende-se de meus textos e de meu comportamento que vivo como o Coringa: a vida, meus caros, não têm sentido, por isso é melhor nos divertirmos enquanto we´re at it. Portanto, com uma expectativa infantil aguardei o fechamento da piadinha, como uma criança que observa uma locomotiva de brinquedo completar uma volta nos trilhos.

Mas aí veio o Felipe da Mata e estragou tudo.

***

No objetivo de elaborar uma paródia da canção "Baby Boy", tentei pegá-la no KazaA. Por duas vezes fiz o download completo. E nas duas a música está repleta de chiados, inaproveitável. O KazaA está morto, assim como o Napster. Uma pena.

Para os que ainda não sabem, a paródia dirá respeito a conteúdo de Internações Relacionais ("Relações Internacionais" para as pessoas mais chatas). Será homeageado um grande teórico de I.R., Hans Morgenthau.

Morgenthau, you´re on my mind, you fill my fantasies
I think about you all the time, I see you in my dreams...


***

Falando em I.R., minha festa de aniversário em 2006 será em tributo ao período entreguerras:

"Frederico Silva: Vinte Anos de Crise"
 

Peixes:
quinta-feira, maio 27, 2004
 
Relendo antigas coisas que escrevi, redescobri uma
máxima minha:

Não podemos ter certeza de que nossa imagem é percebida como muito diferente da realidade, porque a nossa percepção que temos da imagem que passamos passa antes pela percepção que temos da imagem que os outros passam que tem da nossa...

Entendeu?

***

Relendo os comentários do DOIDIMAIS CORPORATION, descobri, bem escondidinho, um comentário colocado em um post bem depois da publicação original. Não foi um comentário qualquer.

Para a autora do comentário: I feel the same way, my darling. I feel the same way...
 

Peixes:
quarta-feira, maio 26, 2004
 
Se alguém diz que descobriu uma garota que é tanto extremamente bonita quanto formidavelmente inteligente, um justo sentimento de desconfiança é ativado por qualquer pessoa séria *.

Se por "bonita" quero dizer não apenas um rosto formoso e um
sorriso contagiante mas também um corpinho legal - pernas e
barriguinha em especial destaque - a desconfiança recrudesce.(e a imaginação sobe)

Se por "inteligente" entendo** espirituosa, culta, curiosa, bem-informada e com muito a ensinar, o vocábulo "atraente" ganha quase que outro significado.

E se por ambos eu de fato mean what I say com toda a convicção de um Popeye, receberei apenas o olhar dos incrédulos - pois incrédulos serão tudo o que haverá.

Then again, quando alguém quer que as pessoas não saibam de algo, será sábio se - em vez de esconder - divulgar esse algo o máximo possível, mas de forma que pareça uma coisa absurda e ridícula.

Depois de Men in Black, ninguém mais acredita em extraterrestres.

* Note que ser uma pessoa séria é diferente de se levar a sério.
** Aqui, "entendo" é usado no sentido de "quero dizer", e usei "entendo" em vez de "quero dizer" por causa do efeito que isso causa ao lado da palavra "inteligente". Chamem isso de design*** de texto, arquitetura das palavras ou o que quer seja, escrever tendo em mente tais detalhes me é deveras satisfatório.
*** Há tempos convivo com o problema de como proceder em relação às palavras que coloco em itálico em textos normais se o texto no qual estão inseridas já é todo em itálico. Optei por inverter o jogo e escrever em fonte normal, mas não sei o que a
ABL ou a ABNT teriam a dizer sobre isto.
 

Peixes:
segunda-feira, maio 24, 2004
 
LARRY ROHTER E O PRESIDENTE CACHACEIRO

Pronto, agora me sinto confortável para falar da polêmica Rohter: ao contrário de muitos por aí, eu li o artigo dele. O texto pode ser visto em

http://www.freerepublic.com/focus/f-news/1132379/posts

Definitivamente, não é algo que mereça o que o PT fez. Rohter é uma preocupação muito menor que Mainardi, que ataca não apenas Mula, mas todo o PT, com muito mais fundamentação, contundência e agressividade. Na verdade, Rohter admite que o próprio Mainardi chegou antes dele. Vejam este trecho:

"I've got a piece of advice for Lula," the gadfly columnist Diogo Mainardi wrote in late March in Veja, the country's leading newsmagazine, reeling off a list of articles containing such references. "Stop drinking in public," he counseled, adding that the president has become "the biggest advertising spokesman for the spirits industry" with his very conspicuous consumption of alcohol.

Outra coisa é que, de fato, em nenhum momento Rohter acusa Mula diretamente de alcoolismo. Ele apenas reúne uma série de gafes, amplamente divulgadas por jornalistas brasileiros, e fala das vezes em que o Presidente foi visto com um copo na mão, ou dos churrascos semanais no Palácio.

Mula deve se achar muito mais importante que Bush e Yeltsin, que já foram escrachados com muito mais força e não ousaram levantar a mão contra a liberdade de expressão sob acusação de "calúnia" ou coisa parecida. Grandes líderes ignoram críticas babacas.

Mula, claro, não é um grande líder. Grandes líderes não permitiriam o lema da bandeira ser tão grossamente desrespeitado : impostos altíssimos, cotas na UERJ, crença de que o Estado deve promover crescimento econômico, reformas idiotas, Constituição demagoga, bandidagem sob as asas do Governo, sistema educacional falido.

O atual governo só sabe mesmo fazer três coisas: 1) cobrar impostos; 2) culpar os americanos; 3) "maquiar o Frankestein".


 

Peixes:
sábado, maio 22, 2004
 
PENSAMENTOS

Se eu fosse diretor de Recursos Humanos de uma empresa, e me fosse dado o trabalho de elaborar a dinâmica de grupo para contratar novos funcionários, eu não teria dúvidas quanto à atividade - os botaria para jogar GTA. Muito GTA. E o melhor deles - Vice City.

Gostaria de ver como eles se comportariam. Cometeriam vandalismos desnecessários? Menos pontos. Cumpririam as missões de assassinato com rigor e sangue-frio? Mais pontos. Roubariam sempre o melhor carro disponível? Mais pontos. Assustariam-se com a polícia? Menos pontos. Perderiam tempo recuperando energia com prostitutas? Menos pontos.

O melhor funcionário é aquele que entra no espírito da brincadeira e tenta se dar bem - mas sem cometer hediondos atos de vandalismo que servem só para chamar mais policiais. Tem que ser bandido, sim - mas só fazer a bandidagem lucrativa. GTA não brinca em serviço.

E se alguém se recusar a cometer crimes, realizando apenas tarefas honestas como motorista de táxi ou ambulância, ou entregador de pizzas, bem - nem pense em ser contratado.

***

Uma lei minha: o professor espera para corrigir as provas antes de dar o gabarito não para evitar afligir alunos sem provas, mas sim para estudar as melhores respostas e convencer-se de que o teste não foi tão mal-elaborado assim, além de poder refinar seu próprio gabarito.

Em outras palavras: o professor não dá aos alunos as respostas das questões até ele ler todas as provas. Afinal, ele pode acabar achando nas provas respostas ainda melhores do que ele mesmo daria ao fazer a própria prova. E, se ele achar muitas respostas boas, ele se convence de que sua prova foi bem-elaborada e bem-redigida.

Isto é fato. Isto é verdade. Ao contrário das propagandas do PT que usam esse slogan.

***

Eu acho que o MGTV tinha que chamar pruma entrevista um cara com o nome do tipo "Capitão Mário Lúcio Gomes Melo Aranha". Aí chamariam ele de "Capitão Aranha".

"CAPITÃO ARANHA! CAPITÃO ARANHA!!"

 

Peixes:
quarta-feira, maio 12, 2004
 
HEY!

Viajei para Florianópolis, no Sul do País. Volto na segunda-feira. Não estranhem a falta de atualizações. Recomendo a todos que leiam os 22 comentários do último post.

- Cedê
 

Peixes:
sábado, maio 08, 2004
 
O QUE A MÚSICA NÃO FAZ COM O HUMOR DE UMA PESSOA?

- Ao som de Underdog Project- Saturday Night

Every wicked minute, I sit here thinkin´ of you
I can´t wait to get in it, I´m waitin´ for the week to be trough


Será que as pessoas não vêm a significância e a beleza de tudo? O padrão que emerge do caos?

Saturday is the only day I wake up thinkin´ bout
´Cuz any other day is just another day no doubt


Em um post anterior, discuti sobre a gradual e perigosa mudança da linha editorial deste blog, de um depósito de textos de alcance universal para uma reles seqüencia de textos autobiográficos. Um maldito diarinho online.

´Cuz everytime I think about you thoughts go trough my mind
And everybody is working for the weekend


Pois bem, ontem uma série de eventos (somados a alguma reflexão) despertou em mim uma abordagem diferente.

Everything is on my mind on saturday night
Do knock out all my fellows with their honeys by my side


Ontem acordei cedo para ir à CUP. Passei a manhã na Empresa Júnior de Relações Internacionais, onde trabalho (*ahem*), navegando na Internet. Uma sexta-feira normal: à tarde fui à aula, tudo ocorreu normalmente. Finda a mesma, confirmo com um amigo meu, o Nelly, que vou pegar carona com ele para a festa de aniversário que vai ocorrer mais tarde. Praça da Liberdade, 21:30. Estarei lá.

O terceiro horário de sexta-feira é vago (leia-se: não tem aula), de modo que volto para a Empresa Júnior e fico ouvindo rádio. Em menos de duas horas, toca Toxic e Não Sei Viver sem Ter Você várias vezes, e uma música que descobri semana passada que gostei muito: Saturday Night.

The DJ plays a record till it hits the morning light
And everythings gonna be OK, ´Cuz it´s a saturday


Na volta para casa, no terrível 4111, não consigo prestar atenção nas freqüentes paradas ou nas voltas intermináveis do trajeto. A música fica na minha cabeça, e, mandando ás favas todo o pudor, fico mexendo os braços como se tocasse bateria, sentado no ônibus. Ninguém presta atenção, nem o chateadíssimo trocador.

Ain´t thinkin `bout Monday or Tuesday or Wednesday It´s allright
Ain´t thinkin bout Thursday or Friday `cuz tonight it´s Saturday night


Não era um anúncio da festa que estava por vir. Aquele estado de espírito era algo mais - uma sensação de bem-estar, de que as coisas estão dando certo. Meu grupo de trabalho na faculdade obteve, até prova em contrário, a melhor das notas; as minhas notas em provas estão muito acima do que costumavam ser no Colégio; vou viajar para Florianópolis em breve e tenho boas expectativas. Tinha ouvido músicas legais. Ademais, era sexta-feira. Desço do ônibus e digo ao trocador: "Boa noite". Ele olha de volta mas não responde, parecia atordoado.

Every wicked hour, I think about just you right by my side
And I can´t wait much longer, wanna show you how I feel for you tonight


Chego em casa, blábláblá, vou à Praça da Liberdade pegar carona. Da minha casa até lá, a pé, deve dar uns dez minutos ou menos. No caminho passo pelo Três Corações, na Savassi.

Nunca vi tantos vampiros juntos. Eles estão se multiplicando perigosamente. Daqui a pouco vai ter mais vampiro que mortal, e eles vão morrer de fome.

Eu não sabia que a Praça da Liberdade ficava cheia de doidinhos à noite. Passei uns bons momentos lá, sentado num banco, sob a Lua, vendo aquele bando de gente fumando, andando de skate e conversando. Os papos e as frases ouvidas chegavam a ser surreais. O momento era especialmente inspirador. Tá certo, eu não tive nenhuma idéia para texto durante o mesmo, mas que foi legal foi.

Eis que a carona chega. Eu, Nelly e Bomberman demoramos mais de uma hora para achar o local. Maldito Buritis.

Saturday is the only day I wake up thinkin´ bout
Cuz any other day is just another day no doubt


A festa foi muito divertida. Tinha bolo de chocolate. Comi várias fatias. Tinha dezenas de garrafas de cerveja, para menos de vinte pessoas. Não bebi nada. Por alguns instantes, fui o DJ da festa. Peguei no KaZaA e pûs para tocar "Scatman´s World". Doidimais.

Mas o que mais me chamou a atenção na festa foi um gigantesco stroke of luck. São já quase quatro horas da manhã, quase todo mundo foi embora. Exceto por: dois casais (um dormindo); uma garota; o dono da festa; eu; e o Bomberman. Quero ir embora e não tenho como. Então eu e Bomberman decidimos ir a pé (ele provavelmente estava bêbado; eu, como vocês sabem, nunca precisei de artifícios para tomar decisões insanas).

Pois então andamos por um bom tempo no Buritis, chegamos à Uni-BH, e subimos uma longa e sinuosa rua até à Raja, no ponto da concessionária da Audi.

Na encruzilhada, temos de seguir direções opostas. Eu tenho de ir para a direita, até o Carmo*; ele tem que ir para a esquerda, na Floresta.

Eis que um cara misterioso, com jeito de malaco, começa a se aproximar. Decidimos atravessar a Raja e pensar no que fazer do outro lado.

Mas aí do nada surge um carro e pára perto de nós... uma voz exclama "Ô viado"!. Dentro do carro, está nosso colega de facú, Igor Vidal.

"ALÁ É GRANDE!" - berrei. Eu e Bomberman entramos no carro, agradecemos entusiasticamente e pedimos para ele nos deixar no Colégio Loyola.

Do colégio, sigo a pé para casa, sob o céu estrelado, sentindo algum frio. Com a música ainda em mente, observando o cenário surreal de grandes prédios escuros e longas ruas vazias, passo em frente a um hotel e digo ao segurança do lado de fora: "Boa noite!"

Após um longo segundo pasmo, o segurança responde, com voz baixa: "Boa noite."

(* Qualquer conotação política é mera coincidência.)

***

Não há dúvidas - a vida vale a pena demais para afogar-se em depressão. Tenho a mais absoluta certeza de que me afasto completamente de movimentos como os dos vampiros da Savassi. Mas fica a pergunta - isso se deve à minha percepção e maneira que tenho de enxergar os eventos, ou os eventos que acontecem comigo de fato me tornam mais feliz que os góticos?




 

Peixes:
domingo, maio 02, 2004
 
DE CARTEIRA DE MOTORISTA, NEGUÌM, E 69

Amanhã vou fazer prova de legislação - o segundo dos três exames necessários para se tirar carteira de motorista. Não estudei nada para a prova, vou fazer isso neste domingo. E olha que hoje ainda tenho que fazer dois trabalhos para a faculdade. E enquanto isso fico escrevendo aqui, ou mandando e-mails, ou conversando no ICQ, ou redigindo meu mais novo projeto, o Tratado de Fundologia.

Imagino que seja muito estranho para os outros o conceito de que eu me divirta redigindo um trabalho, nas normas da ABNT, sobre minha turma de amigos do colegial. É um trabalho sem fins acadêmicos. Como todos os outros textos do DOIDIMAIS CORPORATION. Mas tem capa, contracapa, fonte no tamanho certo, bibliografia, citações, tudo direitinho.

De volta ao exame: eu tenho muita experiência em dirigir. Já pilotei carros velozes, em trânsito intenso, desviando de obstáculos e ultrapassando pela direita. Já dirigi karts dentro de mansões e castelos. Já andei de moto na praia. E tudo isso sem SABER ATÉ HOJE PRA QUE SERVE EMBREAGEM.

É claro que toda minha experiência automobilística vem de Super Mario Kart, Grand Theft Auto - Vice City, e F-Zero. Mas já dirijo há muitos anos e tenho milhares de quilômetros rodados, garanto. Usando só acelerador e freio - às vezes, nem esse.

***

Vi ontem Kill Bill - Volume 1, com a Uma Thurman. ( não vou repetir aqui aquela idéia de que seria legal se eu tivesse ido ao cinema com a Uma Thurman). Recomendo a todos. É divertido e quase não tem enredo.

Tinha um cara no cinema que ficava rindo sozinho nuns momentos nada a ver - certamente tinha pegado alguma referência a um seriado antigo que ninguém conhecia.

Dois momentos que destaco do filme:

1) Logo após um sensacional desenho animado, a Uma Thurman dizendo: "But first things first. Move, big toe".

2) O fazedor de espadas escrevendo com o dedo numa janela empoeirada as letras "B,i,l,l." Quando você pensa que ele vai pôr um pingo no "i", ele faz um acento agudo, lembrando aqueles traços dos ideogramas japoneses. Aí fica Bìll.

Eu e meu amigo Jassa saímos do cinema com a idéia de uma paródia de Kill Bill chamada Neguìm. Imaginemos o trailer. Algúem falando empolgadamente:

"Aí neguìm chegou e foi, e neguìm fez e foi muito doido, ôu, o neguìm - cê precisava ver a cara do neguìm!"

A tela escurece. Aparece em letras pretas garrafais*, sobre fundo amarelo:

NEGUÌM

O título fica por alguns segundos. Então de repente voltamos à cena, desta vez focalizando o rosto do homem empolgado, falando:

"Neguìììm!"

Tela preta. Créditos. "Nos cinemas 08/12 - Um filme de Cedê Silva e Jassa Figueiredo."

***

Eu nasci na época errada. Deveria ter nascido bem antes. Digamos, em 1958. Assim já teria idade o suficiente para me divertir no revèillon mais subversivo do mundo.

Em 31 de dezembro de 1968, eu berraria ensandecidamente:

"FELIZ 69! FELIZ 69! FELIZ 69!"

( Acho que é por isso que 1968 é considerado um ano tão importante - teve o revèillon mais engraçado de todos. Minha única esperança agora é sobreviver até 2068, quanto terei, queira o destino, 82 anos )

( * Eita lugar comum. "Letras garrafais". Putz. )
 

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