Doidimais Corporation
BRB (´GONE BSB) Senõr Diego M. Desmoures, Consejero, Cuarta Comisión (!SPECPOL!), pero also CSTD
ad hoc, has left the city of Belo Horizonte con sú saco and suitcase, listo and in sus marcas (!fuera!) to the federal capital de la Republica. He left in a very good mood! His honourable
Spanglish will mayhaps be useful, as well as his ingenuity, wits and modesty.
!Hasta AMUN! (www.amun.org.br)
Pero if usted non will go AMUN: hasta next semana. Me voy de vacación, nuyorricans.
For agora, los leave com miña tracklist!
Can you Feel It 2004 H2G2 - So Long, and Thanks for All the Fish DJ Tiësto - Love Comes Again Aladdin - Prince Ali Seal - Fly Like An Eagle Audioslave -Be Yourself The Underdog Project - SUMMER JAM The Underdog Project - VIBIN´ The Underdog Project - MIAMI The Underdog Project - SATURDAY NIGHT The Underdog Project - FOR THE LADIES The Foo Fighters - Learn to Fly Counting Crows - Accidentally in Love As you can see, mesa in a very good mood :D
Peixes:
UNEXPECTING THE EXPECTEDO maior impacto dos ataques (e não "atentados", não gosto desse palavra porque parece que foi "tentativa" quando na verdade o plano deu mais do que certo, infelizmente) terroristas de 7/7 não está no efeito psicológico sobre a civilização ocidental, nem na exposição de uma suposta fragilidade da segurança britânica, nem no avanço de uma suposta "causa" da Al-Qaeda (causa essa que, se alguém sabe qual é, favor explicar. Causas subliminares e interpretações, claro, não contam).
O maior impacto dos ataques está nas vidas mesmas dos sobreviventes, e dos parentes, amigos e colegas de trabalho das vítimas. O impacto mesmo está nas mortes, ferimentos e traumas daqueles que estavam nos metrôs e no ônibus, e das pessoas que os conhecem. A esfera que percebe a importância maior do ataque é a humana - pessoal e individual - antes da política ou qualquer outra.
Infelizmente, este impacto é o menos acolhido pela cobertura lidiática (
sic) e o menos observado nas conversas de botequim. Dá-se preferência a especulações sobre qual será a próxima cidade a ser atacada, o destino dos autores dos ataques, a competência da Scotland Yard, os motivos e intenções dos terroristas, e outras considerações.
Não considero arriscado atribuir isto a gigantesca
dessensibilização provocada pelos ataques de terça-feira¹. Após uma estratégia tão espetacular, que pôs abaixo cartões-postais e ceifou três mil vidas num
otherwise uneventful setembro - construindo pelo mundo a imagem de que ele nunca mais seria o mesmo - a Humanidade não se choca com absolutamente mais nada. Os ataques a metrôs de Madri ou a escolas em Beslan, por mais comoventes e tristes que tenham sido, não conseguiram arrancar as mesmas emoções de terça-feira. O número de vítimas não é necessariamente o fator a ser considerado: o 26 de dezembro matou e destruiu infinitamente mais. Ainda que seja considerado que foi um ato natural (exceto para os que tecem conspirações de que Bush foi responsável), e que uma imensa campanha de solidariedade - exemplificada pelos esforços da ONU - tenha sido edificada, a comoção e manifestação em torno não alcançou o volume da ensurdecedora terça-feira.
Ricardo Amorim, um dos membros do
Manhattan Connection, disse mais de uma vez que previa o "próximo grande ataque terrorista" para Londres. Os londrinos têm cinqüenta e dois mortos. Ele tem agora a satisfação de quem acerta.
***
Amigos guardam segredos?
É demagogia dizer que não?
Suponhamos três amigos: A, B, e C. Eles são todos amigos entre si (temos as
dyads
A-B, B-C e A-C). Suponhamos que A gostaria muito de contar algo para B, mas por alguma razão não quer que C saiba. Digamos não algo ingênuo como uma
festa-surpresa - algo que B concordaria em esconder de C para o benefício deste mesmo - mas algo mais grave. Suponhamos que A e B sejam XY, C seja XX, e A esteja apaixonado por C.
Embora A adoraria contar para B a respeito de sua paixão, não o faz: sendo um ator racional, antecipa a estratégia que B adotaria logo depois: contar para C tudinho. Isto é especialmente verdade se 1) os laços de amizade entre B e C são mais fortes do que os entre A e C; 2) A está incerto sobre a qualidade dos laços entre si e B.
Seriados - seja cínicos como
Sex and the City ou otimistas como
Dawson´s Creek - nos confirmam a rede de mentiras e máscaras que é a vida, mesmo entre pessoas que gostam muito umas das outras.
Pensar sobre amizade, relacionamentos e coisas do tipo não é piegas, é fundamental. Seres humanos fazem amigos. Isto me lembra inclusive um episódio que narraram-me recentemente. Numa recente dinâmica dum processo de seleção de empregados para a Câmara Alemã, pessoas sem senso de prioridade -
asked to colocar valores em ordem de importância - posicionaram "competência" antes de "amor".
Na vã tentativa de parecem preocupados com trabalho, revelaram-se uns completos infelizes.
¹
Para quem não sabe, minha forma de me referir ao que aconteceu nos EUA na segunda terça-feira do nono mês do segundo ano do terceiro milênio. Escrevendo desta forma, evito as palavras que são sempre repetidas, não contribuindo ainda mais para a dessensibilização.
Peixes:
GARÇOM, O DE SEMPREAo som de Paulinho Moska - Nos Braços de Isabel Os analistas de conflitos Rubin, Pruitt e Kim - mencionados em post anterior - deveriam aprender algumas coisas com os brasileiros. Vieram-me a mente duas táticas que eles não cobrem satisfatoriamente¹ em toda sua especificidade: o
jogar verde e o
&% doce.
O
jogar verde é algo pouco estudado, e na verdade não se sabe muito bem o que é. Duvida? Pergunte a alguém o que é jogar verde. A maioria das pessoas responde algo do tipo: "ah, jogar verde pra colher maduro, entende?" O nome completo da tática não explica nada, claro. Jogar verde significa colher informação de uma maneira que não revele sua ignorância. Isto é, fazer perguntas como se você soubesse do que está acontecendo na esperança de que as pessoas te revelem algo - porque, afinal de contas, você já sabe mesmo, já é do grupo privilegiado que detém a informação, não há mal em revelar uma opinião a respeito.
Jogar verde carrega um risco - o alvo pode amarrar informação e acabar fazendo perguntas para você. Fica, então, o embaraço de dar opinião sobre algo que você nem faz idéia do que seja.
É preciso conversar com mais pessoas antes para captar o verdadeiro significado do jogo verde. Eu ainda não consigo afirmar com certeza que sei do que se trata. Sou tão ingênuo, caros leitores, que só descobri a expressão aos 17 anos, já no final de meu Ensino Médio.
O que nos leva para a segunda tática tipicamente brasileira que deve ser estudada: o
&* doce². Outra ação que descobri muito tardiamente, merece profundos, elaborados e incansáveis estudos acadêmicos. Não há poder mais subestimando que o poder do #@ doce. Se há uma deficiência no Ensino Brasileiro, é que os alunos saem despreparados para enfrentarem essa nefasta e difundidíssima tática. Ela é tão perigosa, influente e presente em nossas vidas que merece não um capítulo, mas um manual inteiro.
Nos braços de Isabel eu sou mais homem Nos braços de Isabel eu sou um deus Os braços de Isabel são meu conforto Quando deixo o cais do porto Pra viver os sonhos meus Saborosa a seção de cartas dos leitores da VEJA desta semana (1.912). Um leitor de Floripa: "dizia-se que a esperança venceu o medo. Hoje, passados pouco mais de dois anos, constatamos que, infelizmente, a corrupção matou a esperança". Um outro de Maringá elocubra mais: "Pelos quatro cantos do Brasil, ecoa um grito forte, vindo do mais profundo de nossa alma. Inspirados no gesto de dom Pedro, ergamos não uma espada, mas nossas carteiras vazias e gritemos: basta!"
Esse negócio de "a esperança venceu o medo" sempre me pareceu tão legal. Lembra os discursos nos Estados Unidos que vemos nos filmes e desenhos animados.
Ontem Isabel me libertou da escravidão e da dor Hoje Isabel é minha libertação no amor Salve a Princesa Isabel que quebrou minhas algemas Salve a Isabel que resolve os meus problemas Descobri, em um dos meus acessos, que tem um verso numa certa música que diz "perdido no vazio de outros
passos".
Você pode soletrar
hipercarregado de significado?
Then again, talvez eu apenas viaje demais. Vejo trechos da minha vida em músicas: minha vida escolar está em
Vai Passar, do Chico. E claro, todo mundo se identifica com My Way.
Nos braços de Isabel eu sou mais homem Nos braços de Isabel eu sou um deus Os braços de Isabel são meu conforto Quando deixo o cais do porto Pra viver os sonhos meus Os braços de Isabel são meu conforto Quando deixo o cais do porto Pra viver os sonhos meus¹
Isto merece um texto desenvolvido ainda, o fato de que nós paramos de pensar quando atingimos satisfação intelectual.
²
A expressão foi censurada para permitir que os que navegam em browsers
com aparatos de censura possam ler o DOIDIMAIS CORPORATION.
Peixes: