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domingo, julho 03, 2005
 

GARÇOM, O DE SEMPRE

Ao som de Paulinho Moska - Nos Braços de Isabel

Os analistas de conflitos Rubin, Pruitt e Kim - mencionados em post anterior - deveriam aprender algumas coisas com os brasileiros. Vieram-me a mente duas táticas que eles não cobrem satisfatoriamente¹ em toda sua especificidade: o jogar verde e o &% doce.

O jogar verde é algo pouco estudado, e na verdade não se sabe muito bem o que é. Duvida? Pergunte a alguém o que é jogar verde. A maioria das pessoas responde algo do tipo: "ah, jogar verde pra colher maduro, entende?" O nome completo da tática não explica nada, claro. Jogar verde significa colher informação de uma maneira que não revele sua ignorância. Isto é, fazer perguntas como se você soubesse do que está acontecendo na esperança de que as pessoas te revelem algo - porque, afinal de contas, você já sabe mesmo, já é do grupo privilegiado que detém a informação, não há mal em revelar uma opinião a respeito.

Jogar verde carrega um risco - o alvo pode amarrar informação e acabar fazendo perguntas para você. Fica, então, o embaraço de dar opinião sobre algo que você nem faz idéia do que seja.

É preciso conversar com mais pessoas antes para captar o verdadeiro significado do jogo verde. Eu ainda não consigo afirmar com certeza que sei do que se trata. Sou tão ingênuo, caros leitores, que só descobri a expressão aos 17 anos, já no final de meu Ensino Médio.

O que nos leva para a segunda tática tipicamente brasileira que deve ser estudada: o &* doce². Outra ação que descobri muito tardiamente, merece profundos, elaborados e incansáveis estudos acadêmicos. Não há poder mais subestimando que o poder do #@ doce. Se há uma deficiência no Ensino Brasileiro, é que os alunos saem despreparados para enfrentarem essa nefasta e difundidíssima tática. Ela é tão perigosa, influente e presente em nossas vidas que merece não um capítulo, mas um manual inteiro.

Nos braços de Isabel eu sou mais homem
Nos braços de Isabel eu sou um deus
Os braços de Isabel são meu conforto
Quando deixo o cais do porto
Pra viver os sonhos meus

Saborosa a seção de cartas dos leitores da VEJA desta semana (1.912). Um leitor de Floripa: "dizia-se que a esperança venceu o medo. Hoje, passados pouco mais de dois anos, constatamos que, infelizmente, a corrupção matou a esperança". Um outro de Maringá elocubra mais: "Pelos quatro cantos do Brasil, ecoa um grito forte, vindo do mais profundo de nossa alma. Inspirados no gesto de dom Pedro, ergamos não uma espada, mas nossas carteiras vazias e gritemos: basta!"

Esse negócio de "a esperança venceu o medo" sempre me pareceu tão legal. Lembra os discursos nos Estados Unidos que vemos nos filmes e desenhos animados.

Ontem Isabel me libertou da escravidão e da dor
Hoje Isabel é minha libertação no amor
Salve a Princesa Isabel que quebrou minhas algemas
Salve a Isabel que resolve os meus problemas

Descobri, em um dos meus acessos, que tem um verso numa certa música que diz "perdido no vazio de outros passos".

Você pode soletrar hipercarregado de significado?

Then again, talvez eu apenas viaje demais. Vejo trechos da minha vida em músicas: minha vida escolar está em Vai Passar, do Chico. E claro, todo mundo se identifica com My Way.

Nos braços de Isabel eu sou mais homem
Nos braços de Isabel eu sou um deus
Os braços de Isabel são meu conforto
Quando deixo o cais do porto
Pra viver os sonhos meus

Os braços de Isabel são meu conforto
Quando deixo o cais do porto
Pra viver os sonhos meus

¹ Isto merece um texto desenvolvido ainda, o fato de que nós paramos de pensar quando atingimos satisfação intelectual.

² A expressão foi censurada para permitir que os que navegam em browsers com aparatos de censura possam ler o DOIDIMAIS CORPORATION.
 

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