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segunda-feira, junho 12, 2006
 

DONDE ENSAIO CONSIDERAÇÕES CIENTÍFICAS ACERCA DAS MULHERES

Considerações científicas sobre as mulheres tendem a falhar. Mulheres são seres humanos (desde a primeira metade do século XX, ao menos). E seres humanos são, via de regra, imprevisíveis. Daí eu há anos considerar que não existe isso de "tratamento mais humano" ou um "reivindicar uma sociede mais humana". Porque "humano" implica o bom e o ruim. Não é possível pedir um mundo mais humano do que ele já é. Nosso planeta e nossas sociedades são tão incrivelmente humanas que não dá pra pensar em querer elas mais humanas do que isso.

É claro, contudo, que a incursão sobre todo um novo campo de conhecimento inevitavelmente nos convida ao apelo irresistível de nos tornar um sabe-tudo. Experimente conversar com qualquer universitário no meio de seu 2º período. A menos que seja um completo retardado - dessas pessoas que não se empolgam com absolutamente nada - ele te contará, fascinado, sobre a diferença entre "eficácia" e "eficiência", ou sobre o problema dos dejetos sólidos, ou sobre como Cálculo é difícil pra caralho, ou que as guerras na verdade acontecem por causa do medo, ou sobre mexer com coisas fedorentas. (não há um exemplo relacionado a Jornalismo porque, em essência, seus estudantes passam quatro anos aprendendo sobre fofocas de celebridades, como conseguir peixada na Globo, porque desprezar completamente qualquer teoria, como ser ainda mais guevarista, e, principalmente, técnicas avançadas de distorcer completamente qualquer história).

Assim, quanto mais recentemente descobrimos um campo do conhecimento e quanto menos sabemos sobre ele, maior a tendência de nos orgulharmos sobre como nossa sabedoria ultrapassa, ao menos, a dos meros mortais que fazem outros cursos. A mesma coisa se aplica aos jovens do Ensino Fundamental que beijam na boca antes de seus coleguinhas; tornam-se verdadeiros PhDs em Sexo Oposto, muito mais experientes e sabidões que o Jude Law.

É exatamente daqui que deriva minha autoridade epistêmica. Para leitores de longa data do DOIDIMAIS CORPORATION, não é segredo que minha vida amorosa até o fim do Ensino Médio foi um abismal fracasso¹; tive meu primeiro encontro aos 17 anos, o que para padrões normais é idade de buscar o doutorado em peraltices. Como comecei a aprender somente agora coisas que são obviedades em qualquer colégio, sofro do complexo de expert que acomete os calouros. E, não sendo diferente deles, automaticamente começo a disparar toda série de absurdos e generalidades, inevitavelmente ofensivos para as mulheres, esses seres imaculados.

Aliás, minto. A questão não é ser ofensivo. A questão é ser inadmissível. Mulheres expostas aos enunciados colocados abaixo não se sentem agredidas; antes, imediatamente lhes vêm o impulso de se defenderem (pessoalmente) em vez de tentarem negar a hipótese também por leis gerais ou por uma série de falsificações cujos objetos são outras mulheres. O que apenas nos leva a acreditar ainda mais no poder explicativo destas leis gerais.

Vamos a elas.

1) Mulher atrai mulher

Indubitavelmente o mais forte teorema de todos. Mulher atrai mulher. Um homem atraente não consegue ficar com várias mulheres apenas por ser atraente: rather, é a própria ´garração de mulheres que o torna atraente. Além disto, ´garrar mulher chama atenção de mulheres. Garotas gostam de um "pegador".

Suponha uma festa, entre cujos convidados estão a garota X e o cara Y, que não se conhecem. Se contarem para X que Y é um grande pegador, independentemente do quão atraente ele realmente é, as chances de Y com X automaticamente aumentam.

Fato: começar a namorar é muito bom para caras. Automaticamente garotas que nem lhe cumprimentavam começam a puxar conversa com ele. Fazem perguntas sobre sua namorada, se interessam pela vida dele e até o convidam para festas. Mulheres querem poupar o trabalho de descobrir bons parceiros. Preferem pegar carona no headhunting de outras mulheres e depois partir pra cima.

Fato: ficar com outras garotas na frente do seu verdadeiro "alvo" é uma tática extremamente eficaz. Boa pinta, cabelo, perfume, charme, papo, tudo isto chama atenção. Enfiar a língua na boca de outra mulher fisga.

Corolários:
- Quanto mais mulher 'cê 'garra, mais mulher 'cê 'garra
- A coisa mais atraente que você pode levar pruma festa é uma mulher a tiracolo
- Se você começar a namorar, imediatamente choverá mulher
- A melhor maneira de ´garrar uma mulher é ´garrar outra, antes

2) Mulheres jogam verde

Mulheres adoram posar de complicadas. Existe todo um discurso que homens e mulheres não se entendem. Há toda uma coisa sobre como as mulheres são mais perceptivas, homens são cegos ou míopes, e as mulheres tem a manha enquanto nós caras não fragamos nada.

Tudo bullshit. Mentira. Papo.

A verdade é simples. Não é que as mulheres entendem mais do que a gente. They are as clueless as we are. A diferença é que nós caras ou somos honestos ou mentimos, mas nossas afirmações são falsificáveis. A gente realmente fala coisas. Damos a cara a tapa. Oferecemos afirmativas que podem ser postas à prova.

Preste atenção, contudo, no que as mulheres falam (evidentemente, no contexto de relacionamentos afetivos, que é todo o tema deste post). Preste atenção na quantidade efetiva de informação que realmente pode se extrair de suas frases.

Mulheres disparam uma quantidade muito grande de tautologias. Se você não sabe o que é tautologia, eu te dou a melhor explicação que existe: tautologia é tudo o que é tautológico. Calma. Leia de novo.

´Tendeu? É isso mesmo: tautologia é quando uma frase não tem informação nenhuma. Quando você diz: "amanhã vai chover, ou não", isso é tautologia, porque você não informou nada. Formalmente, tautologia é uma afirmativa que é verdadeira independentemente do valor de verdade de suas partes.

E por quê elas fazem isso, doidinhas e doidões? Simples. Para que possam, mais tarde, dar àquela afirmativa o significado de sua conveniência. Elas deliberadamente soltam um bando de coisas vagas para que possam depois dizer "não, sô, você não entendeu, (porque afinal você é homem, e homens são burros e não entendem nada de mulher), na verdade eu quis dizer que..."

Na verdade o caralho. Ela não quis dizer nada. Mulheres são animais políticos, muito mais que o homem de Aristóteles.

George Bush (pai) disse na campanha que não iria criar novos impostos. Quando, tendo assumido, ele elevou os impostos, 'moçada reclamou. Ele então disse: "bizóiem, eu nunca disse que não iria elevar os impostos que já existem. Eu apenas disse que não iria criar novos impostos, vejam bem".

Isso é exatamente o que todas as mulheres comprometidas - e também as que estão só ficando de rolo - fazem todos os dias. Não que elas são complicadas e nós homens somos burros demais para entendê-las. Nope. É que elas simplesmente não dizem nada e depois dão o significado que melhor lhes convier, conforme a, ahn - duh - conveniência.

O nosso estudo de caso é o Cara do E-mail. De história real para exemplo que tudo explica para adjetivo comum, o Cara do E-mail é nosso herói.

2.1) A História do Cara do E-mail

O Cara e a Menina ficavam, mas não namoravam. Um belo dia, a Menina manda um e-mail pro cara. O e-mail diz "do jeito que tá não tá dando certo, do jeito que tá não pode continuar. Vamos conversar". E combinaram um encontro.

Neste momento páre e pense. Se coloque no lugar do Cara. O que a Menina quer? O que você falaria com ela, no lugar dele?

Como todos sabemos, o Cara do E-mail fez a coisa certa: terminou com a vadia. Ou assim parece.

O que acontece é que as meninas que contam a História do Cara do E-mail inevitavelmente contam também que, na verdade, ela queria namorar com ele. (!!!)

Isto é absolutamente incompreensível para nós caras. Nós caras consertamos coisas e aprendemos a largar o que não dá certo. Se a Menina estava insatisfeita, então o melhor a fazer é partir para outra. É óbvio.

Mas nada é tão simples na terra da bullshitagem feminina. Elas juram de pés juntos que ela queria namorar com ele e que, se ela quisesse terminar com ele, teria o feito de uma vez. Isto despite the fact que todos conhecemos histórias de pessoas que há tempos tem relacionamentos deteriorados e simplesmente não terminam. E mais: afirmam que é sempre assim; quando as garotas querem conversar e falam de determinada forma ou demonstram estes e aqueles sinais, é porque querem mais, e não terminar.

Eu sei FOR A FACT que isso é besteira porque tive a mesma experiência. Uma garota com a qual eu fiquei me convidou para conversar, disse que era sério, que não tava dando certo, que do jeito que tava não dava pra continuar e TCHAM - terminou comigo.

Agora, será que a Menina do Cara do E-mail e esta garota realmente tinham alguma determinação antes do encontro, ou o desenrolar do encontro poderia inclinar a decisão para qualquer um dos lados?

A verdade é: mulheres nunca perderão uma oportunidade de mostrar como os caras "just don't get it", enquanto elas são fodonas e sempre podem providenciar conselhos amorosos e análises infalíveis.


***

Hipóteses & Resumo

- Existe um discurso do "homens não entendem", que favorece o bio-poder das mulheres. Este discurso é gramscianamente reforçado através de filmes, livros, revistas, novelas, etc.
- Na verdade não há nada para se entender. Mulheres jogam verde pra caralho, protegidas sempre pelo "homens não entendem".
- Mulheres gostam de falar que os cérebros de homens e mulheres funcionam de forma diferente, e se sentem fascinadas e interessadas nas descobertas científicas que avançam isto. Contudo
a) são entusiasmadas pelas vantagens perceptivas das mulheres sobre os homens mas não tocam nas vantagens masculinas;
b) este discurso encontra tensão no discurso feminista de que o gênero é socialmente construído. Quanto mais diferenças realmente existem entre os cérebros XX e XY, menos "social" e mais "natural" é o edifício que separa homens e mulheres.

Phew. É isso.



¹ Eu ia escrever retumbante fracasso; mentalmente me dei um tapa na mão - é clichê.
 

Peixes:
terça-feira, junho 06, 2006
 

DANÇA COM O CAPETA

Hoje é seis do seis do seis.

Dia do capeta.

Dia igual esse, só daqui a cem anos.

Fico imaginando como foi o 6/6/6 do século passado. Aquela moçada toda chique, as mulheres com saias bem rodadas e os homens de terno sentados a mesa jogando Diplomacy e fumando charuto. Isso foi seis anos antes do Titanic, a Rose era só uma menininha e o Jack Dawson um pivete qualquer.

Em 2003 tocava nas boates uma música chamada "The 6th Gate", em cuja letra existe a frase "dance with the devil". Eu costuma gritar: "dança com o capeta!", o que arrancava muitos risos.

***

O DOIDIMAIS CORPORATION ficou realmente fraco de atualizações, mas neste Dia do Capeta prometo voltar aos bons tempos de dois posts por semana, regulares. Ou tentar...

***

Mas o capeta tendo tomado conta, e eu não achando as idéias de texto mais frutíferas, e eu com muito sono, ponho as idéias depois. Juro.
 

Peixes:
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