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Doidimais Corporation
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sábado, dezembro 31, 2005
 

O ANO DOS BALANÇOS

Em 2006: Copa do Mundo na Alemanha; TEMAS 2; eleições para Senador, Governador, Deputados e Presidente (isso vai ser um bafafá danado); alguns amigos meus se formam em Internações Relacionais; mais uma pletora de eventos imprevisíveis.

Já dizia um sábio: começamos a vida nus, gritando e banhados de sangue. Porque a diversão tem que parar por aí?

A DOIDIMAIS CORPORATION deseja a todos um 2006 Doidimais.
 

Peixes:
sábado, dezembro 24, 2005
 

UM FELIZ E CHUVOSO NATAL

Ao som de The BloodHound Gang - Uhn Tiss Uhn Tiss e

Jennifer Saunders - Holding Out for a Hero [Shrek 2] e

Star Ocean Summertime OC Remix

Madame Presidente,

eu sei que, estando em férias, o DOIDIMAIS CORPORATION deveria ter atualizações mais constantes; mas acontece que viajar sempre foi das coisas que mais contribuem para a grande narrativa que é a vida. Ora, o autor destas linhas esteve viajando pelo Estado de São Paulo nos últimos dez dias or so, vivendo incríveis e extraordinárias aventuras (a maioria delas completamente inesperada).

Desnecessário dizer que a viagem foi pontuada por típicos momentos dos modelos: uma mesa ao redor da qual se sentam pessoas de três ou quatro regiões do país, conversando confortavelmente como se se conhecessem há anos, divertindo-se com a miríade de sotaques e trocando histórias de guerra.

E é sempre bom para nossos insaciáveis egos ouvir coisas como: "nossa, mas você que é o Cedê?" e "se o delegado do Nepal não ganhar, é marmelada".

Ah, e tem aquele tal lance também. Pois é.

Mas enfim, sempre é bom ganhar XP.

***

No último Natal, deixei considerações sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e sobre como o Brasil as viola em atos que nos parecem prosaicos e despercebidos.

Este ano, deixo parte do log de uma conversa emeesseênica (não messiânica!) que tive com meu velho amigo e de quem sou fã, o Iago, sobre aquele lance da vida ser uma grande narrativa (vocês podem conferir no post de 3 outubro). Isto é relevante porque tive conversas nos últimos dias a respeito. Não é a vida uma grande história? Há uma comunidade no orkut "Minha vida parece um seriado". E não esse exatamente o lance? Escrever capítulos, visitar lugares, encontrar e desenvolver um sem-número de personagens...?

O lance é deixar um livro legal para seus netos. Inda que eles não devam lê-lo até se tornarem mais velhos!

***

Arlequim / Pierrot diz:

Claro que preferi muito muito o primeiro tópico do blog. [ referindo-se ao post de 3 outubro de 2005]

Mesmo que nosso ponto de vista de juventude seja só uma fase, mesmo que quando ouçamos música assim quando velhos e não sintamos nada, esta fase não perde seu significado. Transitoriedade não anula o propósito. Bem porque se anulasse, a própria vida perderia qualquer esperança de ter sentido.

Cedê diz:

bem colocado

Arlequim / Pierrot diz:

Quando você falou do arrepio na espinha pude sentí-lo literalmente. É engraçado como chamar atenção a isso amplificou mais ainda o efeito da música sobre mim. E isso que você fala da sensação que dura poucos segundos, a que surge nos momentos de grande inspiração... acho que todos sabemos o que é ^_~ eu diria que é o Glamour correndo solto em nossas veias.

Arlequim / Pierrot diz:

*glamour é um conceito de Changeling: The Dreaming, o jogo mais legal da White Wolf.* [nota do Editor: um RPG no qual os jogadores encarnam criaturas sobrenaturais]

Cedê diz:

sim, sim, ouvi falar sobre ele no jogo

Cedê diz:

oposto da Banalidade [nota do Editor: um conceito no jogo, oposto ao Glamour]

Cedê diz:

nossa, que bom que consegui suscitar o arrepio na espinha pelo texto . espero que faça isso com mais pessoas.

Arlequim / Pierrot diz:

Se tem algo que aspiro como propósito de vida no momento, colocando em poucas palavras, é viver todos os momentos sob o efeito desta sensação. É inundar toda a vida com mistério, é fazer com que cada movimento, ato, intenção reverbere pelo mundo.

Cedê diz:

descreveu o que eu também quero perfeitamente

Arlequim / Pierrot diz:

Bem, suponho que você esteja acima de entender Glamour e Banalidade como pontinhos na planilha de personagem. Glamour é o joie de vivre, é aquilo que sentimos quando somos crianças, que o mundo é infinitamente misterioso e interessante, tudo parece grande e novo, as coisas são mais divertidas e intensas. É também o poder imaginal de tornar cabos de vassoura em lanças.

Cedê diz:

sim sim

Arlequim / Pierrot diz:

Banalidade é a lembrança chata de que tem aula amanhã de manhã. É a fila de banco, o dever de casa, o método científico, as regras da boa convivência... Em alguma medida, mal necessário; em outra, grande estraga-prazeres.

Cedê diz:

muito bem escrito.

Arlequim / Pierrot diz:

^_^

Cedê diz:

nossa, ´vontade de usar essas coisas num discurso ... posso?

Arlequim / Pierrot diz:

Claro que sim ^^

Cedê diz:

vou dizer... "um sábio amigo me contou..."

Cedê diz:

coisa assim

Arlequim / Pierrot diz:

auhahuhua tá, só dessa vez vou perdoar você por me chamar de sábio ~.~'

Arlequim / Pierrot diz:

apesar de que é WHITEWOLF apud IAGO

Cedê diz:

rein hagen apud Iago...
***


Bem, é isto. Que todos tenham um Filisch Natal!

 

Peixes:
segunda-feira, dezembro 12, 2005
 

A TALE OF TWO CITIES

Estereótipos não são um mal necessário. Eles são bons.

Estereótipos não são simples criações do pensamento dominante para escravizar nossas pobres mentes em formas de pensar incrivelmente limitadas. São uma estratégia inerente ao nosos intelecto para organizar a informação que nos é bombardeada pelos cinco sentidos de forma que possamos pensar adiante.

Se os estereótipos fossem tão ruins assim, porque todo o pensamento científico se baseia neles? Classificar é uma tarefa que não apenas nos acostumamos a realizar, mas simplesmente não poderíamos ter descido das árvores (ou saído das cavernas, ou sei-lá-onde fomos parar depois da expulsão do Jardim do Éden, conforme queira sua teoria da evolução) sem ela. Não se trata apenas de quente ou frio, presa ou predador. Estou falando de: polar ou apolar? Metal ou não-metal? Mamífero, peixe, ave, réptil, anfíbio, artrópode, bactéria, vírus?

Imagino o contra-argumento: tipos servem para objetos das ciências naturais, não para gente. Afinal, seres humanos são infinitamente complexos, bem como suas atividades.

Mas e os tais tipos ideais? Como ficaria a Sociologia sem eles? Quase toda a literatura em Relações Internacionais pode ser traçada diretamente a estereótipos - o estereótipo do Estado maximizador de segurança, o estereótipo do monopólio da volência legítima (e os Estados falidos?), o estereótipo do hegêmona, etc.

Será que dá para construir Literatura ou qualquer ficção sem arquétipos? Francamente, por mais que você tenha visto filmes que tenham tido um final "surpreendente": algum dos personagens é realmente one of its kind?

Você pode achar horrendo alguém falando na terceira pessoa usando os mais clichéticos adjetivos. Mas você consegue se imaginar descrevendo alguém sem recorrer a um único estereótipo? Um único tipo ideal, inda que uma criação da Lídia - pitboy, patricinha, nerd, everyman, geek, vampiro da Savassi, etc.?

Talvez a resposta esteja no fato de que nós não conseguimos entender nada sem tipos ideais, sem arquétipos. É difícil para nós apreender alguma coisa que não se encaixe em receptores de informação - é como se só pudéssemos entender quando o pedaço de informação é compatível com algo que já existe na nossa cabeça.

Isto é claro nunca elimina a hipótese de que os estereótipos sejam criativos. E não, nessa frase não cabe um "pasmem" ou "paradoxalmente" porque não há nada muito fora do óbvio:

estereótipos não são fenômenos da natureza per se. Um dia alguém criou o primeiro estereótipo. Por mais que sejam lapidados por ação inter-subjetiva (à boca pequena, tudo funciona como a Wikipedia), um dia alguém foi o primeiro. (e aqui dá vontade de falar um palavrão: poxa!)

Nada impede a criação de novos estereótipos.

Adicionalmente, os tipos não repelem a unicidade individual especial e única do indivíduo especial em seu modo de ser¹. Apenas nos fazem atentar para certas características. O que disto diferir, em vez de ser simplesmente cateogrizado de fora do rótulo ou esquisito, pode simplesmente realçar o quão, na verdade, o ser em questão é cool.

Cool - o quê, conforme nos ensina o terrível corruptor e membro da Lídia, Quentin Tarantino, está restrito a balas, espadas, palavrões, e óculos escuros.

***

Hoje, aniversário da minha cidade, parto por alguns dias para outra.

***

Sem tempo para postar mais três idéias. Fica para a próxima.

Em tempo: o Saudoso Professor Vetusto Douto foi citado em uma autêntica prova de Direito. Só pra informar.

Ah: O Natal... está chegando...
 

Peixes:
sexta-feira, dezembro 09, 2005
 

CIBORGUE NINJA ATACA NOVAMENTE!
Ao som de The Underdog Project - Endless Love


There's something that I need to say

I feel this is the only way
I need to say I love you... (I love you)
Let me show you what you mean to me
You came and gave yourself to me
You have been sent from above...

´Teve uma época da História na qual nada de culturalmente relevante foi produzido, a economia toda ia mal, as pessoas não tinham muita esperança, doenças estranhas acometiam a população e não havia muita estabilidade no sistema internacional.

Vocês devem achar que estou falando da Idade das Trevas.

Mas estou falando da idéia que as pessoas têm dos anos 80.

Os anos 80 são a Idade das Trevas da modernidade contemporânea presente da atualidade dos dias de hoje. Fala-se muito mal dos anos 80. Eles são chamados até daquele super-ultra-clichê, a "déc**a per**da", expressão aqui censurada porque no DOIDIMAIS CORPORATION a gente não costuma censurar os palavrões, mas os lugares-comuns sim.

Mas é claro que essa visão estereotipada é uma baboseira. Ela está em vigência apenas porque na hegemonia cultural temos hoje uma geração frustrada pelas inúmeras oportunidades de diversão que tiveram na década e perderam. Quando a moçada envelhecer um pouco, os anos 80 serão vistos com olhos tão bons quanto hoje são vistos (sem muito motivo, convenhamos) as décadas de 60 e 70.

Os anos 80 viram a queda do muro de Berlim, o restabelecimento da democracia no Brasil e em vários países, a independência do Zimbábue, um monte de músicas do U2, a formação de várias bandas que fariam sucesso nos anos 90, a criação do Super Mario, e inúmeros outros fenômenos positivos. Não foram só Chernobyl, bandas bregas e estagnação geral da economia.

É claro, pode ser que eu esteja dizendo apenas porque eu nasci nos anos 80 - eu e praticamente todos os meus amigos. Mas não tenho quase nenhuma memória do que aconteceu. Estas considerações não são uma questão pessoal de afeto pela década: antes, são outra missiva em derrubar as baboseiras aceitas pelo senso comum.

And I'm so glad that you came along
and stepped into my life
And love makes me feel full
and always leaves me satisfied
And that's why (that's why)... you're mine...

´Tava vendo um desenho outro dia, com o SAP ligado. Um elefante estava no quarto de uma personagem; outros dois espiaram lá dentro e foram prontamente expulsos.

Aí eles trocaram falas: "Something fishy is going on..." A resposta: "Fishy? I´d say something elephanty too..."

No exato instante eu imaginei a tradução que os estúdios de dublagem devem ter feito: "Nesse mato tem coelho..." "Coelho? E elefante também".

Os neurônios fazem as conexões rapidamente. ZAP!

Endless love
You're the only one I'm thinking of
'Cause you open up and let me in
And you know what's true in my heart
That you're my endless love
You're the only one I'm thinking of
'Cause you open up and let me in
And you know what's true in my heart
That you're my endless love...


Tenho mais duas idéias fresquinhas, mas em vez de postar hoje vou deixá-las pra mais tarde. Assim, vejo se estimulo a audiência.

I'm thinking of you in my soul
Don't wanna let you go...
How I feel will never go
I... just want you endlessly
Lovin' ways in the family
'Cause I'm feeling for your love...

And I'm so glad that you came along

and stepped into my life
And love makes me feel full
and always leaves me satisfied (satisfied)
And that's why (that's why)... you're mine
Endless love...
You're the only one I'm thinking of
'Cause you open up and let me in
And you know what's true in my heart...
 

Peixes:
quinta-feira, dezembro 01, 2005
 

QUASE!

De vez em quando a gente precisa rolar um 12 no d20 e tira exatamente isso. Só tenho uma coisa agora a dizer à professora de Estatística: LAMBDA as min...

***

Criticar a VEiJA é fácil. É algo que todo faficheiro guevarista faz. É uma forma fácil de parecer inteligente: falar que a VEiJA não presta. Tem até uma popular comunidade no orkut "Leu na VEJA? Azar o seu."

Bem, hoje eu não vou repetir minhas críticas a esses palermas. Eu vou me juntar ao coro e falar mal da revista. Motivo: ofenderam o meu Zimbábue.

Olhem para a página 50 da revista desta semana (30 de novembro, a com o Palocci na capa). Vocês verão uma baita foto da Embaixada do Zimbábue no Brasil - o brasão-de-armas e a bandeira são inconfundíveis. Acontece que a reportagem é sobre uma tal Casa dos Prazeres, na qual deputados e demais animais políticos se encontravam com moças do ramo do entretenimento adulto. E segundo a VEiJA, a casa na foto é justamente a Casa dos Prazeres!

Graças a uma conversa trocada com o João Vargas, consegui esclarecer a história. Primeiro: a Casa dos Prazeres não funciona mais, ou pelo menos não no mesmo endereço. Segundo: de fato a Casa era ali naquele número 25 (vejam o número no canto esquerdo da foto), mas HOJE ela "abriga a Embaixada do Zimbábue". Até aí tudo bem. De menos se os deputados fornicavam com umas aguerridas mulheres da vida.

Mas na reportagem da VEiJA não há NENHUM esclarecimento sobre o fato de que a Casa não funciona mais ali, NÃO SE MENCIONA o fato de que ali é a nobre Embaixada do Zimbábue, NEM SEQUER SE COGITA a possibilidade de que alguém poderia muito bem deduzir que a safadeza se dava na Embaixada mesmo, NÃO SE ESTÁ NEM AÍ pro fato de que a reportagem é uma puta duma ofensa.

IMAGINA se a Time publica uma reportagem sobre fornicação e por engano coloca uma foto da Embaixada do Brasil em Washington. ´O tanto que os guevaristam iam chiar! ´Ia ser o diabo! Larry Rohter e o Prisioneiro de Azkaban, aquele senhor americano que posou pra foto mostrando o dedo médio, iam ser fichinha perto do escândalo que a fafichada ia aprontar.

Já escrevi aqui da VEiJA sendo totalmente incapaz de falar de música de videogame. Já escrevi um trabalho sobre sua incapacidade completa em cobrir política internacional. Agora vem ofender o meu Zimbábue zimbabuense! Deixa o Mugabe saber disso.

Se bem que o Mugabe é amigo do Mula...

***

O nome tomara-que-caia, cuja tradução indubitavelmente não encontra paralelos em demais idiomas, reflete um viés ideológico, ou ao menos erótico. Mulheres, normalmente, não estão interessadas em ver os seios das outras. Porque então continuam chamando a peça de tomara-que-caia? Talvez queiram expôr as outras a situações embaraçosas?

***

Faço parte de dois famosos trios de cantores. Quer dizer, não. Um dos trios é na verdade um quarteto muito especial, sendo o menor do mundo, por ser composto de três integrantes.

Recentemente, um dos membros de cada banda partiu, num mesmo programa, para trabalhar em parques de diversão na Flórida. Coincidências.

***

Falando um pouco mais de VEiJA, ela é de fato um mar de contradições. O que é ótimo, porque derruba qualquer pretensão kucinkista de que a Lídia é um corpo unificado com um programa político claro, definido, maligno, e - duh - neoliberal.

Voltemos à VEiJA de 23 de novembro (a capa é "A Medicina que faz Milagres"). Nas páginas 92-93, um texto sobre o absurdo das comunidades racistas no orkut, e um endosso silencioso à legislação brasileira que quer caçar os "bytes de preconceito" (iiiiirc). Pula um pouquinho, vai pra página 110: uma puta reportagem sobre o absurdo dos governos que querem controlar a rede.

Toma, Kucinski!

***

E se alguém perguntar: "Ué, o DOIDIMAIS CORPORATION agora virou ombudsman da VEiJA?", eu digo: não.

***

Dezembro começou. O Natal... está chegando...
 

Peixes:
A corporação mais lucrativa, subversiva e informativa do planeta. Doidimais Corporation- expandindo pelo mundo para que você expanda o seu. Doidimais Corporation- ajudando você a ver o mundo com outros olhos: os seus. Doidimais Corporation- a corporation doidimais. doidimaiscorporation[arrouba]gmail[ponto]com

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