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Doidimais Corporation
Pesquisa personalizada
domingo, fevereiro 29, 2004
 
Descobri ontem uma sensacional música : "Scatman´s World". É ainda mais empolgante que "I´m the Scatman". Peguem já!

(Scatting by Scatman John)
Scatman's World
(Scatting by Scatman John)
I'm calling out from Scatland
I'm calling out from Scatman's world.
If you wanna break free you better listen to me.
You got to learn how to see in your fantasy. (2x)

Everybody's talkin' something very shockin' just to
Keep on blockin' what they're feelin' inside but
But listen to me brother, you just keep on walkin' 'cause
You and me and sister ain't got nothin' to hide.

Scatman, fat man, black and white and brown man
Tell me 'bout the colour of your soul.
If part of your solution isn't ending the pollution
Then I don't want to hear your stories told.
I want to welcome you to Scatman's world

(Scatting by Scatman John)

I'm calling out from Scatland
I'm calling out from Scatman's world.
If you wanna break free you better listen to me.
You got to learn how to see in your fantasy.

Everyone's born to compete as he chooses
But how can someone win if winning means that someone loses.
I sit and see and wonder what it's like to be in touch.
No wonder all my brothers and my sisters need a crutch.

I want to be a human being not a human doing.
I couldn't keep that pace up if I tried.
The source of my intention really isn't crime prevention.
My intention is prevention of the lie (yeah)
Welcome to the Scatman's world

(Scatting by Scatman John)
(Course) I'm calling out from Scatland...
(Scatting by Scatman John)
(Course)I'm calling out from Scatland...
Listen to me.
(Course)I'm calling out from Scatland...
(Scatting by Scatman John)

In Your Fantasy
(Scatting by Scatman Jonh)
(Course)I'm calling out from Scatland...
(Scatting by Scatman Jonh)

 

Peixes:
sábado, fevereiro 28, 2004
 
O BEBEDOURO
- Frederico “Cedê” Silva
doidimaiscorporation@bol.com.br



O bebedouro é um marco da civilização. A História se divide em a.B e d.B - antes e depois do bebedouro. Com efeito, essa invenção não é apenas mais uma daquelas coisas bobas que são descritas simplesmente como uma “caixa que faz algo”. (estou falando daqueles velhos papos de que “o rádio é uma caixa que emite som”, “a televisão é uma caixa que emite imagem e som”, “a caixa de som é uma caixa por onde sai mais som”, “a caixa de leite é uma caixa que guarda leite” “ o caixote é muito parecido com uma caixa”, etc.) Não, não. Com efeito, o bebedouro nunca é descrito como uma caixa. Muitas vezes as pessoas falam dele como se fosse um lugar (ainda que nunca tenha sido), e sempre lembrarão, ao fazer essa descrição, duma agradável experiência envolvida em usar o bebedouro. Notem que isto não é comum nas outras invenções: as pessoas não costumam lembrar de seus programas favoritos ao serem perguntadas pela definição de televisão, nem comentarão sobre suas marcas favoritas ao serem interrogadas a respeito de caixas de leite.

Em verdade (essa expressão não é um tanto suspeita? Existe “em mentira”?), todo mundo já teve uma experiência agradável com um bebedouro, ainda que nem sempre traga tal experiência na forma duma história para contar. Matar a sede com um jato de água a uma temperatura agradável é sempre bom, esteja o dia quente ou frio, ensolarado ou chuvoso.

Existem vários tipos de bebedouro. Têm aqueles velhos, encardidos, com baixíssima pressão, que tornam tão ingrata a tarefa de beber que muitas vezes nem são usados - tão próxima deve ficar a boca da fonte de água. O Colégio Marista Dom Silvério está cheio destes. Têm também o oposto: bebedouros novíssimos de alta pressão recém-instalados em shoppings, aeroportos ou prédios residenciais, que mais de uma vez já me surpreenderam com um súbito jato molhado no olho.

Os bebedouros também podem ser classificados por outro critério, que é o dispositivo presente para ativação. Vêm em dois principais tipos: os com um botão redondo localizado logo acima da fonte; e os com uma pequena tampa retangular, mais leve e usável que o primeiro. Existe também a terceira via: falo daqueles mecanismos dos bebedouros de praça, uma alavanquinha que deve ser girada uns 90º. É possível que existam outros tipos, mas não sou familiar com eles.

Em minha infância, na fila formada ao bebedouro logo após o recreio (clássico!), já chamei e fui chamado de algo que só é dito ao redor dum bebedouro:

-Oh, caixa d´água!

Uma garota me disse ontem que, em seu intercâmbio na Bélgica, descobriu que as escolas lá – pasmem!!- não tem bebedouros. Pobres belgas!

Seria lugar-comum demais eu dizer, ao fim deste texto, que fiquei com sede. Seria muito Superinteressante. Mas que eu fiquei, fiquei.

(Esta sede, felizmente, não é saciável apenas com um bebedouro. Serve uma visita à cozinha, na qual usarei aquilo que gosto de chamar de frilto.)
 

Peixes:
domingo, fevereiro 22, 2004
 
Como escrevi um livro de 60 páginas no Word ano passado, eu poderia perfeitamente publicar vários textos velhos para manter este blog atualizado. Afinal de contas (hum, teria sido mais sucinto escrever apenas "afinal" e tirar o "de contas), o grande público simplesmente desconhece tais escritos.

Mas o livro tem alguns textos que já foram publicados em outros lugares, como o site Quarto do Chefinho (www.quartodochefinho.com.br, volta ao ar em março) e o jornal colegial bimestral belorizontino "Todo Mundo". Além disso, tem uns textos que francamente eu não gosto mais.

Não pensem que eu não faço textos novos com o mesmo furor do ano passado por falta de idéias: tenho aqui no meu Desktop um documento .txt com uns trinta tópicos frasais inéditos, sem falar no índice do meu futuro segundo livro, cujos 34 últimos capítulos (são 35 capítulos ao todo) por enquanto não passam de títulos que apresentam estimulantes idéias. Eu não escrevo mais como antes por preguiça mesmo. De inspiração, meus 64 próximos textos estão mais que garantidos.
 

Peixes:
sábado, fevereiro 21, 2004
 
MEU ZIMBÁBUE ZIMBABUENSE
- Frederico "Cedê" Silva,
dando letra alternativa ao Hino do Zimbábue
(pegue a música na Internet)

Na terra do Zimbábue
Vive o povo zimbabuense
E o povo do Zimbábue
Vive na terra zimbabuense

Como é belo o povo do Zimbábue
Vivendo na terra zimbabuense
Como é bela a terra do Zimbábue
Tendo o povo zimbabuense

A Nação do Zimbábue
Tem ao Estado zimbabuense
E o Estado do Zimbábue
Tem à Nação zimbabuense

Como é belo o Estado do Zimbábue
Tendo à Nação zimbabuense
Como é bela a Nação do Zimbábue
Tendo ao Estado zimbabuense

A cultura do Zimbábue
É a cultura zimbabuense
E a história do Zimbábue
É a história zimbabuense

Glória, glória ao Zimbábue
E ao povo zimbabuense
Pois é belo o Zimbábue
Meu Zimbábue zimbabuense

Ah, mas como é belo o Zimbábue
meu Zimbábue zimbabuense!
---------------------------
 

Peixes:
domingo, fevereiro 15, 2004
 
SOFÓFILOS E FILÓPEDOS- ACREDITE, O PIOR PROBLEMA DO ALUNO DO 3º ANO NÃO É O VESTIBULAR

- Por Frederico “Cedê” Silva
doidimaiscorporation@bol.com.br


Consta o termo filo tanto em filósofo quanto em pedófilo. Muito embora toda explicação de ambos os termos traga a informação de que filo é o mesmo que amigo, basta bater o olho para perceber que a conotação nos termos difere radicalmente.

Não entendo muito de grego, mas pela observação destes dois termos se concluiria que prefixos são denotativos, ao passo de que sufixos são irônicos. Tal conclusão não tem rigor científico- é uma generalização baseada em um único par de palavras. Mas, ainda assim, é interessante tirar conclusões sobre pequenos pedaços de Informação, desde que se mantenha em mente que tais conclusões não são seguras: apenas divertidas. O senso comum cultivado pela raça jornalista (meu termo para substituir o asqueroso lugar-comum “mídia”) leva muita gente a crer que não se deve tirar conclusões sobre o que não se entende, deixando essa tarefa para os especialistas. Ora, não há problema nenhum em criar conclusões sobre assuntos dos quais pouco sabemos. Desde que se tenha em mente que a utilidade prática e a segurança da conclusão são inversamente proporcionais à ignorância sobre o assunto.

O que me leva a lembrar que no sistema escolar vigente- dominado, afinal, por senso comum, assim como quase todas as instituições- os alunos aprendem a buscar respostas. Mas não aprendem a refinar perguntas. Não são estimulados a desenvolver sua criatividade científica. Não são expostos a pontos de vista variados. Muito menos são encorajados a tirar conclusões próprias (como esta que tirei acima). E muito, muito menos a ensinar.

Várias vezes já testemunhei professores dizerem que estavam ensinando algo que não era bem verdade, mas teriam de fazê-lo por que é “dessa maneira que se cobra no vestibular”.

Atividades culturais e esportivas são muito praticadas em todos os bons colégios. Mas todas as feiras culturais se esquecem que Ciência também é cultura. Nas vezes em que princípios científicos são demonstrados nessas feiras, os alunos são ensinados a exporem experiências e trabalhos batidos, repetidos. Jamais lhes é oferecida a oportunidade de criar uma demonstração própria de uma lei da Ciência. Imagine quantos modelos e explicações novas poderiam vir das mentes dos jovens. Tais criações poderiam inclusive transformar-se em novos paradigmas didáticos que aprimorariam o ensino em toda a escola.

A pesquisa é uma atividade reservada somente às universidades. Nem em sonho um diretor ousaria colocar os alunos do 3º ano para produzir conhecimento. Nem que fosse só para ver no que dava.

As escolas não põem os alunos para pensar. Jamais pensariam em colocar seus alunos para provar a inexistência do átomo, demonstrar a Conjectura de Goldbach ou desmistificar Guimarães Rosa. A escola se preocupa demais com os dogmas e pouco com o caminho do conhecimento. Ainda que os objetivos do trabalho nunca fossem alcançados, muitas boas idéias poderiam aparecer na busca pelo objetivo impossível.

Os pontos de vista apresentados nas aulas são poucos. As mitologias não-cristãs são tratadas com desprezo. Nunca se expõe o fato de que acreditar em homens com cabeça de animais ou senhores dos trovões não é muito pior que seguir cegamente os dogmas de um carpinteiro que viveu há dois mil anos. Lembro de que uma vez na 5ª série a sala riu quando soube, pela professora, que os antigos chineses promoviam uma grande festa em dias de eclipse, por acreditar que o barulho afastaria o dragão que estava comendo a Lua. Disse então aos alunos que certos homens tacam crianças na água e bebem vinho em ambientes escuros de vitrais coloridos. Eles, claro, soltaram um sonoro “dãr!”. Poder-se-ia dizer que eram apenas crianças. Desconfio de que se o mesmo acontecesse numa sala do 3º ano a reação não seria muito diferente.

E isso sem falar que a predominância do esquerdismo é absurda. Nunca tive um professor abertamente direitista, e daí as chances de que eu nunca tenha tido mesmo um professor direitista são grandes.

Finalmente, os testes vocacionais de pouquíssimos alunos dão a carreira de professor como resultado. Não faço idéia de como as escolas poderiam elevar este número. Mas elas devem buscar uma solução urgentemente. Para alguém que põe a Informação acima de tudo, lecionar é das mais nobres vocações. Uma nação sem uma legião de bons professores e um forte exército (não que o Brasil tenha um) é muito mais frágil que uma nação com professores bons e exército fraco.

Dir-se-ia que o sistema escolar vive apregoado ao vestibular, e portanto exime-se da culpa de todos estes gravíssimos problemas. O vestibular não é um câncer, não é um mal em si. O vestibular não deveria ser usado como bode expiatório por tantos e tantos membros da atividade escolar. Mas as comissões responsáveis pela confecção dessas provas deveriam ter mais consciência do poder em suas mãos e criar provas cada vez mais pensantes. Mais críticas. Mais interdisciplinares. Felizmente, é o que vem ocorrendo ultimamente.

As COPEVEs da vida vem fazendo sua parte. Chegou a hora de os colégios fazerem a deles.
 

Peixes:
 
O BRA...ZIL

- Frederico “Cedê” Silva
doidimaiscorporation@bol.com.br

O Brasil é um país aquático, lático, oxítono e erótico. Principalmente erótico.

Todo mundo sabe que nossa imagem é a de um país erótico. Temos Carnaval com seios nus, uma literatura cheia de eventos eróticos (seja Jorge Amado ou Aluísio de Azevedo), programas de TV altamente sexuais, uma das Playboys mais vendidas do mundo- enfim. Tem gente que é contra essa isso. Quer redefinir a imagem do Brasil.

Eu não vejo por quê. Um país erótico não é nada ruim. Mesmo porque, em grande parte a imagem é falsa. O povo brasileiro também sofre de ejaculação precoce, impotência, frigidez e outras patologias. Além disso, a sociedade patriarcal é muitas vezes um tanto quanto castrante, especialmente para as garotas (por paradoxal que possa parecer)- ainda que esteja se tornando gradualmente mais liberal.

Contudo, não vejo nenhuma negatividade num país erótico, desde que ele seja também democrático, lático, aquático e não-batrático. O Brasil não é lá muito democrático, é certo; mas é quase que lático e aquático o suficiente (ou seja, garante leite e água para quase todo mundo), e poucos de nós temos problemas com sapos. O Governo Federal deveria abandonar aquele slogan que não poderia ser mais lugar-comum - “Brasil: um País de Todos”- e trocá-lo por “Brasil: um País Democrático, Aquático, Lático e Erótico”. Claro que esse novo slogan não seria verdade, mas o atual também não é!

Mas o que realmente promoveria uma imagem boa no exterior seria um sutiã. Um sutiã com o nome do Brasil. Lá nos EUA, sutiã é brassiere, mas sempre falam bra (assim como sempre falam lab, zoo, rhino, Math e todas aquelas outras coisas). Desconfio que na França falem brassiere também, mas não sei se usam o bra.

Bem, basta unir uma coisa a outra. Vamos fazer um sutiã chamado Zil. Assim, venderão lá fora o Bra Zil.

O Bra Zil seria um sucesso estrondoso. A imagem da mulher brasileira, admirada preconceituosamente pela sua beleza (ora, também temos legiões de mulheres feias, como em qualquer país do mundo em que exista álcool) no mundo inteiro, serviria como chamariz para as ávidas consumidoras. A marca Zil nem precisaria ter um produto muito diferente do já encontrado no mercado. O nome Zil seria o suficiente para que milhões de garotas vestissem a estampa por debaixo de suas camisetas e vestidos. Obviamente, tal empreitada iria requerer que o investidor também se pusesse a produzir calcinhas Zil. Não teriam o mesmo apelo, mas serviriam como fonte de lucro extra, graças ao hábito de usar lingerie que combina.

Não disse Millôr Fernandes que o Brasil não é para principiantes? Ora, o primeiro Bra Zil a gente nunca esquece.
 

Peixes:
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