TUDO PARECE MELHOR
Há um intrigante debate acontecendo na Internet. Diz respeito à freqüência com a qual os blogs devem ser atualizados.
O chefe da sucursal Brasília da revista ISTOÉ, Tales Faria, defende que os blogs devem ser constantemente atualizados. Diz estar "de saco-cheio (
sic) de notícias e comentários amarelecidos pelo tempo numa mídia tão ágil e rápida quanto a internet (sic)." Diz ele:
"Busco os blogs dos meus ícones profissionais e inevitavelmente esbarro na maioria deles em atraso com o leitor, com notícia velha, comentário ultrapassado pelo tempo (...) Fica feio para o profissional e para os próprios sites ou portais hospedeiros."
( artigo completo em < http://noblat.blig.ig.com.br/materia39.html > )
Do outro lado do espectro (ou de debate, como preferirão os não-fãs de Adam Watson) está alguém
muito mais subversivo, ácido e arruaceiro que Diogo Mainardi. Trata-se de Wagner Martins, codinome Mr. Manson,
webmaster do
Cocadaboa. Ele acredita que a pressão por atualizações não justifica a gigantesca quantidade de lixo que acaba parando na Internet. E ainda¹ acaba sendo prejudicial para os portais:
"Quanto mais coisas irrelevantes você entregar, menos atenção receberá. Uma coisa é ter dez mil visitantes diários, outra, completamente diferente, é ter dez mil leitores."
( artigo completo em < http://www.cocadaboa.com/archives/004065.php > )
Vale a pena acompanhar o debate. Como sabem, o DOIDIMAIS CORPORATION está muito inclinado para a segunda posição dele; inda assim, não escapa de uma certa vontade de atualizar constantemente.
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As pessoas não sabem, mas ter um filho as encarrega da maior responsabilidade do mundo: escolher o nome. Vejam que coisa:
Antigamente, as pessoas não escolhiam com quem se casar. A família os fazia por elas. Hoje, pelo menos no Ocidente, já escolhemos com quem nos casar (ou mesmo se
vamos fazê-lo).
Antigamente, as pessoas não escolhiam que profissão seguir, ou tinham muita pouca liberdade para fazê-lo. Hoje, existem centenas de cursos de gradução disponíveis. São tantos que a grande maioria² da população não sabe exatamente o que é. Isto acontece mesmo com cursos populares, como Engenharia de Produção, Internações Relacionais, Comunicação Social e Biomedicina.
Antigamente, as pessoas não escolhiam em que país nasciam. Hoje continuam não escolhendo, mas viajar tornou-se infinitamente mais fácil (mesmo que ilegalmente).
Entretanto... as pessoas hoje, assim como antigamente, continuam não escolhendo o nome que portarão para o resto da vida. Inda que no Brasil admita-se a troca de nome - somente após os 18 anos, e somente em casos de extrema ridicularizãção ou segurança - nada impede que existam pessoas que estejam insatisfeitas com o próprio nome, e, não tendo a sorte de estarem ameaçadas por bandidos nem o azar de se chamarem "Décio Pinto" ou "Vaginuda", não poderem trocá-lo jamais.
Em um episódio de
Os Simpsons, um Homer mais jovem e uma Marge grávida discutem o nome do futuro primogênito. Quando a esposa sugere "Bartolomeu", Homer confere quais piadinhas os garotos podem fazer com o nome. Vai contando nos dedos... "art, bart, cart, dart, eart...", pára, e por fim, aprova o nome.
Apenas lhe faltou conferir mais um único trocadilhozinho na ordem alfabética para chegar a "fart". Com isto passado despercebido, botou o nome que bem entendia.
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Poucas coisas são melhores para elevar o humor do que uma boa dose de música eletrônica, intercalada aleatoriamente com bossa nova, Neil Sedaka, Dire Straits, e faixas da trilha sonora de filmes como
Men in Black e
O Rei Leão. Parece misturado demais, mas funciona. E melhor ainda se você não ouve essas músicas já há algum tempo.
Jogar
Super Mario 64 é muito bom também. Até mesmo ouvindo música eletrônica que não é do jogo. O que me leva a um tópico delicado que desenvolverei no próximo post do DOIDIMAIS CORPORATION.
Ah, completar tarefas (dentro do prazo esperado) também é bastante satisfatório.
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A foto que ilustra este post e talvez tenha intrigado vocês é do jogo de tabuleiro
Risk 2210 AD, que é basicamente um
WAR no futuro, com um
bocado de coisas a mais.
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¹
Se eu fosse mais conciso, não teria escrito este "ainda". E a frase ficaria com a mesma qualidade.
²
Ao contrário dos retardados imbecis que clamam que "grande maioria" é um pleonasmo, eu os lembro que 1) no caso de um grupo ser dividido em 100 facções, um deles pode ter 1,1% da influência e ser o grupo majoritário. Isto por acaso é uma das maiorias-sempre-grandes?; e 2) uma maioria de 51% e uma de 99% não podem ser igualmente
chamadas de grandes.
Peixes: