E LÁ VAI
Voltei a fazer quadrinhos em sala de aula. Passei todo o primeiro semestre deste ano sem fazê-lo. Em teoria, isto que você está lendo agora é um fragmento autobiográfico, recentemente proibido por mim mesmo neste
site. Por outro lado, nada do que vou dizer é realmente
pessoal, mas meramente diz respeito a processos criativos e idéias. Seu típico material DOIDIMAIS CORPORATION.
Vocês que são de fora não conhecem as centenas (sim, centenas) de páginas de quadrinhos que produzi entre 1998 e 2003. A grande maioria envolve pessoas do meu colégio em situações mais ou menos reais - com alguns
twists bizarros ou fantásticos. Mas umas tantas outras são histórias completamente originais, algumas originadoras de personagens recorrentes, inclusive. Dentre os meus favoritos, estão Xeque e Mate, os
Destruidores de Coisas¹ - Xeque é um assassino maníaco que sempre usa terno e óculos escuros, portando duas armas de fogo; Mate é um mendigo corcunda semi-careca viciado em
crack que porta sempre seu pé-de-cabra. Dentre os favoritos do público, estão José Umé, o tenista cujo sobrenome vem do famoso grito de Guga; e séries como
Na Meningite (doze professores numa gincana numa ilha deserta),
Vamos Todos Nos Danar (alunos numa grande saga com magia e super-poderes),
A Lenda de Zurayde - "Oh, Karina!" do Tempo (a paródia de um videogame mais hilária de todos os tempos) e
Casa dos Maristas (
reality show com alunos e professores).
Não imaginam o trabalhão que dá bolar todo o novo elenco - decidir como fazer, com traços extremamente simples, dezenas de personagens novos - professores e colegas. Gosto muito de alguns resultados - uma garota da minha sala cujo apelido é
Bândida (sic) ficou com uma espécie de fantasia de PapaBurger; já o
Nelly ficou com bandana e óculos escuros; e o professor Rodrigão é minha versão do Comic Book Guy dos
Simpsons.
Não sei se os anos de faculdade vão ser tão frutíferos quanto os de colégio em termos de páginas de quadrinhos - mas que vão render material, ah isso vão.
***
Vocês acreditam que corro sérios riscos de não ser o Cedê no curso de Comunicação Social na UFMG? Por causa de uma aula na qual o professor pediu um exemplo de bandeira assimétrica, e eu sem nem pensar respondi "Zimbábue!", pode ser que pegue o apelido
Zimba!
ZIMBA? Mas que bosta hem?!
Cedê é um apelido tão legal...
¹ A
minha própria tradução para o inglês deste título, nunca antes publicada², é Stuff Fuckers
. O logotipo seria um FFF.
²
Pleonasmo. O antes é desnecessário, claro.
Peixes: