HIPÓCRATES COM MELAGRIÃOAcabei de voltar da formatura de meu irmão, em Medicina pela UFMG, no Maristão. Além de ver um Maristão bonito, pude ouvir uma trilha sonora formidável. Entre canções com variadas idades, os formandos dançavam, enquanto fotos suas eram exibidas em telões. Considerando que conhecia apenas uma entre as duzentas pessoas naquele palco, foi até empolgante. O diretor da Faculdade de Medicina, Geraldo Brasileiro, concedeu o grau de médico aos formandos após a leitura do juramento de Hipócrates (que termina com "suceda-me o contrário"). E um vídeo exibido mostrava um logotipo 3D da escola - uma ideía semelhante já me ocorrera, e quero usar logos tridimensionais da UFMG, da FAFICH e do curso de Comunicação Social em rápida sucessão antes de trabalhos - estes com apresentações tão boas quanto as que abrem filmes famosos. Posso visualizar estes clipes em minha mente, mas não entro em detalhes porque é um tanto difícil de explicar.
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Um dia alguém vai querer dominar o mundo através da maneira mais eficaz - juntando todas as associações, clubes, instituições, grêmios, sociedades, irmandades, guildas, partidos, movimentos, organizações, departamentos, diretórios, escritórios, ligas e o que mais numa única Associação.
A Association of Associations!
O plano, brilhante, logo trará resultados. O presidente e fundador da Association of Associations terá sob seu comando o Minas Tênis Clube, o Denver Nuggets, a MENSA, a Médicos sem Fronteiras, a Cruz Vermelha, o Greenpeace, o PRONA, o Partido Democrata, o Green Bay Packers, a ONU, a Liga da Justiça, e muito mais. Mas então um terrível destino se abaterá sobre quem quer demais.
Isto porque em algum lugar alguém fundará a Organization of Associations, que necessariamente irá engolir a Association of Associations. É claro que já estará sendo preparada a Confederacy of Organizations. E a League of Confederacies. E a Union of Leagues. E a Network of Unions. E, claro, a todo-poderosa Association of Networks...
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Os americanos não hesitam em ter seus próprios policiais como heróis. São inúmeros os seriados e filmes em que atos heróicos são executados por personagens que vestem uniformes e distintivos, tendo seus salários pagos pelo contribuinte.
Com nós brasileiros isso não acontece. Nossos policiais são sempre meros coadjuvantes - nossos heróis, quando não donos de profissões insólitas como as dos protagonistas de telenovelas, são mesmos os bandidos. Em vez de investigadores, detetives e delegados, temos Zé Pequeno.
Peixes: