CHILLING OUT
Enquanto escrevo estas linhas, uma bela e tranqüila Belo Horizonte, repousando na Serra do Curral - com poucas luzes acesas, como se estivesse de olhos semicerrados - se exibe na minha janela. É pouco mais de meia-noite e meia do começo de um domingo, e uma música eletrônica suave guia a cena. O momento me traz recordações agradáveis - não os
flashes usuais de nossos videoclipes mentais, com suas cenas - mas apenas leves toques de memórias, nem muito antigas nem muito recentes. Abro a janela e subo na mesa para procurar a Lua, e lá está, cheinha e bem no alto, requerendo inclinação do pescoço para se ver. Uma brisa leve mas bem fria me atinge delicadamente.
Existe algo neste ambiente urbano, uma serenidade surreal que só pode existir com muito concreto e eletricidade, que simplesmente torna qualquer
fugere urben um total despropósito.
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A VEJA deste domingo traz uma matéria absurdamente preconceituosa sobre música de videogame. Não apenas sequer menciona Koji Kondo, como chega a afirmar que as trilhas não tem graça longe dos consoles. Um verdadeiro absurdo. Me pergunto se concordam com ele as centenas de pessoas que fazem remixes de suas músicas favoritas e as colocam em sites dedicados inteiramente a músicas de videogame. O repórter com certeza nunca escutou
O Vale Das Gerudo, e portanto não tem nenhuma autoridade para falar do assunto.
Peixes: